Brasil
Facebook divulga anúncios da OMS para combater desinformação sobre novo coronavírus
No mês passado, a empresa proibiu anúncios de produtos alusivos à cura ou prevenção do vírus
O Facebook vai fornecer aos seus usuários anúncios gratuitos da Organização Mundial de Saúde (OMS) para combater a desinformação existente em torno do novo coronavírus. O objetivo é garantir que as pessoas sejam corretamente informadas dos riscos que correm e de como devem reagir à epidemia.
“Nós estamos dando à OMS a oportunidade de divulgar seus anúncios de forma gratuita, tal como ela necessita, para dar resposta ao coronavírus, juntamente com outros apoios do gênero”, garantiu o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg.
Os usuários que fizerem pesquisa sobre o vírus no Facebook vão ser direcionados, através de um pop-up, para a OMS ou para a autoridade de saúde local. A ligação ocorre de forma automática e fornece aos leitores as informações mais recentes, explica ainda o fundador da plataforma digital.
Caso o perfil seja de alguém que viva num país onde foram confirmados casos de contágio, a plataforma passa a enviar para os seus feeds notícias com atualizações sobre os infectados.
A empresa pretende também remover todas as alegações e teorias falsas sobre o tema dos seus conteúdos. Para tal, o Facebook está sendo ajudado por especialistas de saúde e deverá também dar apoio a outras organizações mundiais.
No mês passado, a empresa proibiu anúncios de produtos alusivos à cura ou prevenção do vírus.
Outras plataformas digitais estão também tomando medidas em relação à desinformação sobre a epidemia. Pesquisas realizadas no Pinterest por “coronavírus” são encaminhadas para uma página com informação fidedigna do vírus. Na semana passada, a OMS criou também uma conta na aplicação TikTok no combate à desinformação.
Do mesmo modo que a OMS tenta conter o alastramento da epidemia, procura também impedir que a desinformação sobre o vírus aconteça. O movimento em torno das informações falsas já é conhecido como “infodemic”.
O fluxo de informações pouco rigorosas ou falsas que se dispersam a alta velocidade pelas redes sociais está sendo encarado como um problema sério para a saúde pública.
“Sabemos que cada surto será acompanhado por uma espécie de tsunami de informação, mas no meio desta informação há sempre desinformação, rumores”, salientou a responsável pelo departamento de preparação para o risco de infeções da OMS, Sylvie Briand, à The Lancet.
Já não basta divulgar a informação de forma correta, é preciso muito mais ter a certeza de que as pessoas estão informadas e que sabem qual a forma certa de agir, acrescentou a responsável do departamento de infecções.
Esta onda de desinformação atingiu o auge a partir do momento em que foi declarada emergência de saúde pública a nível internacional.
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