Brasil
Ex-mulher afirma que autor de explosões planejava matar Alexandre de Moraes, diz TV
Ela disse que o principal alvo era o ministro Alexandre de Moraes e “quem mais estava junto”.
A ex-mulher de Francisco Wanderley Luiz, autor das explosões na praça dos Três Poderes , afirmou em depoimento à PF que o plano dele era matar o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), na noite desta quarta-feira ( 13). A informação foi divulgada pela jornalista Daniela Lima, da GloboNews.
A ex-mulher do autor das explosões deu a declaração para agentes de Santa Catarina. Ela e outros familiares de Francisco Wanderley Luiz foram localizados por agentes da PF. Ela disse que o principal alvo era o ministro Alexandre de Moraes e “quem mais estava junto”.
Ela afirma que o ex-marido só morreu porque foi descoberto. Os relatos da ex-mulher ficam comprovados nos registros de imagens do circuito de câmeras da praça dos Três Poderes. O vídeo mostra que os artefatos em questão explodem na mão de Luiz quando um agente se aproxima dele.
O quarto de casa onde Luiz estava hospedado tinha referências ao ataque de 8 de Janeiro. No espelho, ele manifestou o plano de destruição da estátua da Justiça. Na residência localizada em Ceilândia, havia a inscrição “em estátua de merda, se usa TNT”.
PF investiga caso como ato terrorista
O inquérito foi aberto ainda na noite de ontem. Hoje de manhã, fontes da Polícia Federal informaram ao UOL que o caso será tratado como ato terrorista .
A PF divulgou nota ontem, cerca de duas horas após as explosões, informando que um inquérito policial seria instaurado para apurar os ataques .
PM diz que achou mais bombas em casa de autor
A polícia diz que o local onde o autor da explosão se abrigou era “ambiente confinado”. Segundo o major Raphael Broocke, da PM do DF, policiais entraram no local e fizeram uma varredura mais cuidadosa do que os trabalhos na praça dos Três Poderes. “Ali o cuidado é muito maior porque envolve outras residências. É um ambiente confinado. Então os policiais estão tendo um cuidado redobrado, muito maior do que o cuidado que se teve aqui”, afirmou Broocke.
Casa onde foi realizada busca faz parte do conjunto de quatro quitinetes. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o imóvel era privado pelo homem que detonou as bombas e essas buscas na residência foram feitas por volta das 22h desta quarta-feira (13) pela polícia. Os relatos de policiais contaram que o local tinha muita bagunça e vários objetos espalhados.
Cinto com explosivos no autor foi identificado por robô e removido por policial com traje antibomba. O major Broocke disse que as bombas não foram retiradas pelo robô em razão de uma “limitação operacional” do equipamento da PM. Por isso, um policial precisou se aproximar para fazer o corte dos fios que conectavam o cinto aos explosivos. “Foi uma operação muito delicada e justamente para evitar que ocorram novas explosões”, afirmou o porta-voz da PM.
A PM também monitora locais onde o autor das bombas passou para verificar se há mais explosivos. “Está sendo feito monitoramento dos locais que ele passou para que as equipes consigam se aproximar ao máximo das possibilidades de ele ter bomba colocada em outras regiões, mas tudo em investigação ainda”, acrescentou Broocke.
Corpo em frente ao STF foi recolhido às 9h05, quase 14 horas depois da explosão, e liberado para o IML. A perícia no local terminou na manhã desta quinta-feira (14). Francisco Wanderley Luiz se mudou da entrada do STF por volta das 19h30 de ontem e ativou os explosivos que tinham no corpo . Segundo o relato de uma segurança da Suprema Corte, o homem circulou pelo local com “atitude suspeita” e deitou no chão para esperar as bombas explodirem . Um carro também explodiu no estacionamento da Câmara.
A Praça dos Três Poderes está com segurança reforçada na manhã desta quinta-feira (14). Na Esplanada dos Ministérios, policiais instalaram grades para proteger os prédios e viaturas estão estacionados nas ruas com agentes fazendo a vigilância dos arredores. No Palácio do Planalto, o Exército está de plantão na entrada para fazer a proteção do local. As Forças Armadas foram acionadas pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional).
As explosões na praça dos Três Poderes ocorreram por volta das 19h30 de quarta-feira (13). As atividades legislativas foram interrompidas e devem ser retomadas na tarde desta quinta-feira (14), após uma varredura nos prédios do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Congresso Nacional.
Terrorista teria circulado pelo anexo 4 da Câmara durante o dia. A informação foi levada pelo chefe de segurança da Casa Legislativa aos parlamentares. O local é a maioria dos gabinetes de deputados e tem acesso liberado para visitantes, que precisam passar por um detector de metal, mas não há revistas.
A explosão ocorreu durante a votação na Câmara dos Deputados. No momento, os parlamentares debateram a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que amplia a imunidade tributária de impostos. Ao ser notificado sobre o corrido, a sessão foi mantida e suspensa apenas às 21h14, após a notificação da morte do terrorista.
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