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Brasil

Estudo aponta que 58,1% dos domicílios na Região Norte são de classes D e E

O estudo da Tendências diz que, nos mesmos padrões dos dados históricos, o Nordeste se destaca com a maior porcentagem de domicílios nas classes mais baixas.

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Um estudo da Tendências Consultoria estima que 58,1% dos domicílios na Região Norte do Brasil são de familias das classes D e E, e tiveram renda abaixo de R$ 3.400 por mês em 2024. – ou seja, só 41,8% fazem parte das classes A, B e C. No Brasil, o estudo estima que 50,1% dos domicílios brasileiros tiveram renda superior a R$ 3.400 por mês em 2024 – ou seja, fazem parte das classes A, B e C. É a 1ª vez desde 2015 que essas categorias juntas ultrapassam a metade do conteúdo amostral.

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O estudo da Tendências diz que, nos mesmos padrões dos dados históricos, o Nordeste se destaca com a maior porcentagem de domicílios nas classes mais baixas.

“Desigualdades geográficas são resultado da distribuição das atividades econômicas e dos grupos sociais pelo Território Nacional. As maiores vulnerabilidades encontram-se nas regiões Nordeste e Norte, em mulheres, de cor preta, jovens e com menor nível de instrução”, afirma o levantamento.

Os números sinalizam uma maior predominância da classe média no Brasil, efeito influenciado pelas medidas de transferência de renda do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Exemplos incluem o Bolsa Família e a valorização do salário mínimo acima da inflação. Como o Poder360 mostrou em setembro, o “welfare state” brasileiro –os principais benefícios sociais de transferência de recursos da União e dos Estados– somavam ao menos R$ 397 bilhões por ano em 2024.

Como consequência, a representatividade das classes D e E caiu de 50,4% para 49,9%.

Outros dados também se destacam:

classe C (R$ 3.400 até R$ 8.100) – está com a maior predominância de domicílios desde 2020, o ano da pandemia;
classe B (R$ 8.100 até R$ 25.200) – porcentagem mais elevada desde 2014;
classe A (+ R$ 25.200) – está no maior patamar da série, acima dos 4%.

“Em 2024, o salário mínimo valorizado deve ampliar o poder de barganha dos trabalhadores nas negociações salariais e impulsionar o crescimento do rendimento real habitual”, diz a pesquisa. Eis a íntegra (PDF – 802 kB).

O salário mínimo mais alto também eleva o valor de outros benefícios sociais, como o BPC (Benefício de Prestação Continuada). As classes mais baixas dependem mais desse tipo de programa.

Outro ponto importante foram os dados de emprego. A população desocupada no país está no menor patamar da série histórica, o que favorece o aumento da renda domiciliar.

“Nas economias em desenvolvimento, famílias pertencentes à classe média são aquelas anteriormente pobres e vulneráveis. O seu retorno à condição de pobreza, portanto, é suscetível a eventualidades como as referentes à família (doença, desemprego, aposentadoria de algum membro) ou à economia (recessão)”, afirma o texto.


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