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Brasil

Diretor do Sírio Libanês defende uso obrigatório de máscara: ‘Cinto de Segurança’

Para o médico, o uso de máscara deveria ser uma política nacional. “Tem que ser obrigatório. É para proteger nossa vida, como cinto de segurança”, disse.

O diretor-geral do Hospital Sírio-Libanês, o médico cirurgião Paulo Chapchap defende a prevenção como o melhor caminho contra o novo coronavírus. Ele comanda a equipe da iniciativa batizada de Todos pela Saúde, que tem como objetivo alocar R$ 1 bilhão que o Itaú Unibanco doou para apoiar o SUS no combate à doença.

Na avaliação de Chapchap, um dos pilares mais importantes da atuação é o da informação. “Se as pessoas não se conscientizarem da gravidade da pandemia e da responsabilidade que cada um tem de se proteger e aos outros, não há sistema de saúde do mundo que dê conta da sobrecarga”, afirmou em entrevista ao jornal O Globo.

Para o médico, o uso de máscara deveria ser uma política nacional. “Tem que ser obrigatório. É para proteger nossa vida, como cinto de segurança. Não vai ser para sempre. Todas as pandemias acabaram.”

Questionado se a pandemia do coronavírus ainda vai demorar, ele explicou: “Tem duas possibilidades para a gente sair dessa: um remédio ou uma combinação de remédios que sejam realmente efetivos para destruir o vírus, e uma vacina. Elas se somam. Se você descobrir um remédio muito bom, você encurta o período de testagem da vacina.”

Segundo ele, a situação vivida em Manaus, que tem um dos sistemas de saúde mais sobrecarregados do país por causa da pandemia, vai se repetir em outras localidades. “O que Manaus está vivendo, e outras capitais como Fortaleza e Recife estão muito perto, é reflexo do passado. Não tem como reverter. As pessoas não se dão conta de que o comportamento de hoje só vai se refletir em internações daqui a duas ou três semanas. E resultar em mortes daqui a três ou quatro”, diz.

Chapchap disse que, até agora, não sabe “se há razão para ser otimista” sobre a situação, mas citou São Paulo, que conseguiu achatar a curva. Ele destaca, no entanto, a necessidade de não abaixar a guarda.

“A última coisa que eu abriria são os bares e restaurantes, pois, para comer, tem que tirar a máscara. Ainda não vencemos a pandemia. A crise é longa e a gente tem que se conformar com isso”, afirma.


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