Amazonas
Desmatamento na região amazônica cresce 30% em meio à pandemia
Dados do Inpe revelam que avanço da Covid-19 não inibiu ação de madeireiros
O desmatamento na parte brasileira da floresta amazônica cresceu 30% em março, em comparação ao mesmo mês de 2019, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Nos três primeiros meses de 2020, o desmatamento na Amazônia cresceu 51% em relação a um ano atrás e chegou a 796 quilômetros quadrados, uma área aproximadamente do tamanho da cidade de Nova York.
Os dados mostram que a pandemia de novo coronavírus não inibiu os madeireiros, mesmo diante dos alertas do Amazonas – maior Estado da região da floresta amazônica -, que concentra uma das mais altas taxas de incidência de Covid-19 proporcionalmente à população. “Os dados não mostram um impacto forte como estamos vendo em todos os setores da economia”, explicou. “Não estamos vendo isso com o desmatamento, que continua alto”, observou o cientista Carlos Nobre, da Universidade de São Paulo (USP), especializado em sistemas da Terra.
Segundo a agência Reuters, no mês passado, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou o envio de menos agentes de campo para combater crimes ambientais, como o corte ilegal de madeira, o que leva pesquisadores a temerem que o desmatamento crescerá de maneira desenfreada. O Ibama disse que os cortes serão feitos em outros locais e não afetarão a Amazônia.
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