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Brasil

Desmatamento na Amazônia sobe 41% em novembro, mostram dados do Imazon

Este é o sexto mês consecutivo de alta na destruição do bioma, segundo SAD/Imazon. Degradação florestal tem alta de 84% em relação a novembro de 2023.

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A Amazônia registrou em novembro o sexto mês consecutivo de aumento no desmatamento, que ficou 41% acima da destruição registrada no mesmo período do ano passado. O número é do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), e foi divulgado nesta quinta-feira (19).

Segundo o Instituto, foram desmatados por corte raso 164 km² de floresta amazônica no último mês, contra 116 km² de novembro de 2023. Com isso, o desmatamento acumulado de janeiro a novembro deste ano chega a 3.654 km².

Já a degradação florestal, causada principalmente pelas queimadas, deu um salto exponencial. Em novembro de 2024, sofreram degradação 2.882 km² de floresta, contra 1.566 km² em novembro de 2023, o que representa uma alta de 84%.

Entre janeiro e novembro de 2024, a área degradada na Amazônia chega a 35.751 km², a pior marca desde 2008. “Esses aumentos consecutivos mostram a necessidade de ações de prevenção mais efetivas tanto em relação ao desmatamento quanto à degradação. E principalmente a partir de maio [de 2025], quando as chuvas na Amazônia deverão reduzir”, alerta o pesquisador do Imazon Carlos Souza Jr.

COP30 e desmatamento

Sede da próxima Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP 30, o Pará liderou tanto o raking de desmatamento quanto o de degradação em novembro. O estado desmatou 95 km² de florestas (58% do detectado na Amazônia) e degradou 1.118 km² (39% do registrado na região) no período.

Dos 10 municípios com as maiores áreas desmatadas em novembro, nove ficam no Pará: Uruará, Medicilândia, Pacajá, Portel, Prainha, Amajari, Placas, Nova Canaã do Norte, Porto de Moz e Monte Alegre, mostra ferramenta do Imazon.

O Imazon destaca que a metodologia usada no SAD difere da aplicada pelo DETER, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e que a cobertura de nuvens no período analisado pode influenciar a leitura.


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