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Brasil

Degradação florestal na Amazônia é a pior em nove anos, aponta monitoramento por imagens de satélite do Imazon

Com o aumento expressivo nas queimadas, a degradação acumulada de janeiro a novembro de 2024 chega a 35.751 quilômetros quadrados.

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Garimpo em terra Yanomami. (Foto:Reprodução)

Dados do monitoramento por imagens de satélite do Imazon mostram que a Amazônia enfrentou, em novembro, mais um mês de forte destruição ambiental. Com o aumento expressivo nas queimadas, a degradação acumulada de janeiro a novembro de 2024 chegou aos 35.751 quilômetros quadrados, área sete vezes maior do que a registrada no mesmo período do ano anterior e a pior desde 2009. Já em comparação com o desmatamento registrado no período, a degradação foi quase dez vezes maior.

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Segundo o relatório, o desmatamento cresceu 41% no último mês, se comparado aos dados de novembro de 2023. No ano passado, foram 116 quilômetros quadrados de destruição, enquanto neste ano, no mesmo período, foram 164 quilômetros quadrados desmatados.

Já a degradação florestal — que é o dano causado pelo fogo ou pela extração madeireira — avançou 84%, saindo de 1.566 quilômetros quadrados, em novembro de 2023, para 2.882 quilômetros quadrados agora.

Foi o sexto mês consecutivo de aumento tanto do desmatamento quanto da degradação florestal.

O desmatamento, por sua vez, registrou, no acumulado de janeiro a novembro de 2024, 3.654 quilômetros quadrados de devastação, dado apenas 7% menor do que no mesmo período do ano passado. Além disso, foi a sétima maior área destruída desde 2008, quando o Imazon implementou seu sistema de monitoramento.

Sede da próxima Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP 30, o Pará liderou tanto o raking de desmatamento quanto o de degradação em novembro. O estado desmatou 95 km² de florestas (58% do detectado na Amazônia) e degradou 1.118 km² (39% do registrado na região).

Dos 10 municípios com as maiores áreas desmatadas em novembro, nove ficam no Pará: Uruará, Medicilândia, Pacajá, Portel, Prainha, Amajari, Placas, Nova Canaã do Norte, Porto de Moz e Monte Alegre. Além disso, o estado também tem nove assentamentos entre os 10 mais destruídos: Nova União, Surubim, Ouro Branco, Paraíso do Norte, Serra Azul, Paraíso, Ademir Fredericce, Renascer II e São Sebastião do Tutuí.


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