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Brasil

CPI da Covid: PF faz operação de busca e apreensão na sede da Precisa Medicamentos

A operação é resultado de um pedido da CPI da Covid atendido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e destina-se à busca e apreensão de informações .

Policiais fazem operação em dois endereços da empresa, em Barueri (SP) e Itapevi (SP).

A Polícia Federal cumpre na manhã desta sexta-feira, 17/9, uma operação de busca e apreensão na sede da Precisa Medicamentos, informou hoje uma nota da CPI da Covid. De acordo com o comunicado, a operação é resultado de um pedido da comissão atendido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e destina-se à busca e apreensão de informações relativas ao contrato entre a Precisa Medicamentos e a empresa indiana Bharat Biotech, assim como todos os documentos relacionados ao acordo pela compra da vacina contra covid-19 Covaxin.

“A CPI buscou de todas as formas obtenção dessas informações junto à Empresa e ao Ministério da Saúde, não obtendo êxito. Devido a isso, se fez necessária a utilização deste instrumento judicial”, diz a nota da CPI. São alvos dos mandados, expedidos pelo ministro Dias Toffoli, dois endereços da empresa, em Barueri (SP) e Itapevi (SP). O UOL entrou em contato com a Polícia Federal, mas ainda não recebeu informações sobre a operação.

A Precisa foi responsável por intermediar contrato do Ministério da Saúde para a compra de 20 milhões de doses da vacina Covaxin, da fabricante indiana Bharat Biotech, ao custo de R$ 1,6 bilhão. O dinheiro chegou a ser reservado pelo governo federal em fevereiro deste ano, mas o contrato acabou cancelado após série de suspeitas de erros e ilegalidades vir à tona. Em depoimento à CPI, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, Luis Ricardo Miranda, servidor concursado do Ministério da Saúde, denunciaram suspeitas de irregularidades envolvendo esse contrato e possível pressão interna para que o processo de importação fosse acelerado à revelia de inconsistências contratuais.

O acordo pela Covaxin foi negociado com celeridade em comparação a outros, sendo que ele ainda não possuía sequer testes clínicos de fase 3 (considerada a última etapa do processo regulatório) e não havia qualquer garantia de que a importação seria autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitário). Mesmo assim, o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aceitou todas as condições impostas e chegou a liberar créditos orçamentários (por meio de nota de empenho) para efetivar o negócio.

A partir das informações prestadas pelos irmãos Miranda, a CPI também começou a investigar também a possibilidade de que algum ato de corrupção possa ter ocorrido em favor da Precisa Medicamentos e de terceiros. Já prestaram depoimentos à CPI representantes da Precisa e pessoas ligadas à empresa. O dono da Precisa Medicamentos, Francisco Emerson Maximiano, frustrou os senadores do colegiado ao decidir ficar em silêncio na maioria dos questionamentos em depoimento no dia 18 de agosto.

As informações são do UOL.


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