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Brasil

Casos de violência contra jornalistas têm queda de 51% em 2023, aponta Fenaj

Relatório da Fenaj será divulgado na próxima quinta-feira.

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A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgará na próxima quinta-feira (25) um relatório completo sobre os casos de violência contra jornalistas e de ataques à liberdade de imprensa no Brasil, em 2023.

De acordo com dados preliminares divulgados pela entidade, os registros de violência contra os profissionais de imprensa no ano passado tiveram queda significativa. Em 2023, foram 181 casos, contra 376 registrados em 2022. A diminuição foi de 51,86%.

No entanto, o número registrado no ano passado foi 34,07% maior em relação aos 135 casos contabilizados em 2018, antes do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na avaliação da presidente da Fenaj, Samira de Castro, a queda dos episódios de violência contra os profissionais de imprensa em 2023 tem relação com a diminuição das ações de descredibilização da imprensa pelo ex-presidente.

“Podemos comemorar a queda nos números da violência em 2023. Mas temos de continuar em alerta e mobilizados, porque as cifras continuam muito elevadas”, comentou Samira.

O relatório completo dos casos de violência contra jornalistas conterá dados sobre as categorias profissionais, gênero, estado e tipo de mídia.

Nos primeiros sete meses de 2022, foram registradas 66 agressões graves, que envolvem episódios de violência física, destruição de equipamentos, ameaças e assassinatos. Esse número representa um crescimento de 69,2% em comparação com o mesmo período de 2021, que teve 39 casos. Os dados são do monitoramento de ataques contra jornalistas feito pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

O cenário geral de ataques também se agravou: de janeiro a julho de 2022, foram identificados 291 alertas totais de violações da liberdade de imprensa — 15,5% a mais do que nos primeiros sete meses do ano passado. Esses casos incluem, além das situações mais críticas, ocorrências de discursos estigmatizantes, processos legais, restrições na internet, restrições de acesso à informação e uso abusivo do poder estatal, que vitimaram jornalistas, comunicadores, meios de comunicação e a imprensa de modo mais amplo.


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