Brasil
Carros de luxo apreendidos com “careca do INSS” valem cerca de R$ 4 milhões
Os valores são aproximados e foram contabilizados com base na tabela da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe)

Seis carros de luxo de Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, foram apreendidos pela Polícia Federal (PF) na terça-feira (20) na terceira fase da operação Sem Desconto. Somados, os valores dos automóveis listados valem cerca de R$ 4 milhões.
Antunes foi apontado pela PF como um articulador por trás do esquema bilionário de fraude envolvendo descontos não autorizados em contracheques de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
PF realiza novas buscas e apreende carros de luxo do “careca do INSS” | BASTIDORES CNN
O “Careca do INSS” teria sido uma espécie de ponte para o repasse dos valores desviados, utilizando 22 empresas das quais é sócio.
Os valores são aproximados e foram contabilizados com base na tabela da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Os carros apreendidos constam nessa lista de 12 divulgada pela PF de todo seu patrimônio de automóveis:
Porsche Boxster 2018: R$ 525 mil
Porsche Taycan 2022: R$ 535 mil
BMW 330E 2022/2023: R$ 324 mil
BMW M135i 2019/2020: 253 mil
Hyundai Azera 3.0 V6 2014/2015: R$ 84 mil
Porsche 911 2024: R$ 1,2 milhão
Porsche Macan/2022: R$ 518 mil
Jaguar 2023/2024: R$ 451 mil
VW Golf 2019: R$ 217 mil
Audi A3 2022/2023: R$ 231 mil
Porsche Taycan 2020/2021: R$ 738 mil
BMW Z4 2010/2011: R$ 173 mil
Renda e transações suspeitas
O “Careca do INSS” se declara um gerente, com renda mensal de R$ 24.458,23 e patrimônio entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões.
A PF indica, porém, que as transações realizadas por Antônio Carlos destoam e são muito superiores à suposta renda.
Segundo o relatório, entre os dias 22 de abril de 2024 e 16 de julho de 2024 (menos de três meses), o “Careca do INSS” acumulou patrimônio imobilizado no valor de R$ 14,3 milhões.
A PF afirma que, ao todo, pessoas físicas e jurídicas ligadas ao “careca do INSS” receberam R$ 53,5 milhões diretamente das entidades associativas ou por intermédio de suas empresas.
A CNN buscou a defesa do investigado e aguarda retorno para manifestação. Na primeira fase da operação, negou irregularidades.
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