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Brasil

Bolsonaro convida ex-presidente Michel Temer para chefiar missão humanitária no Líbano

O Brasil prometeu enviar uma equipe para ajudar o país asiático após as explosões que destruíram a região portuária de Beirute, com medicamentos, insumos básicos médicos e quatro mil toneladas de arroz.

O presidente Jair Bolsonaro anunciou, neste domingo (9), o envio de uma missão de ajuda humanitária e técnica ao Líbano, para ajudar na reconstrução do país após as explosões que destruíram a região portuária de Beirute. De acordo com o presidente, a equipe brasileira pode ser chefiada pelo ex-presidente Michel Temer, que é filho de libaneses, e foi convidado para assumir a função. A declaração foi feita durante uma conferência organizada pelo presidente da França, Emmanuel Macron. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O ex-presidente Michel Temer se manifestou sobre o convite. Pelas redes sociais, Temer se disse honrado com o convite e disse que vai esperar a nomeação sair no Diário Oficial para tomas “as medidas necessárias para viabilizar a tarefa”.

Entre as medidas anunciadas por Bolsonaro estão o envio de medicamentos e insumos básicos médicos em um avião da Força Aérea Brasileira e a destinação de quatro mil toneladas de arroz para atenuar os efeitos da perda de cereais. Bolsonaro também afirmou que negocia com o governo libanês o envio de uma equipe técnica para colaborar na perícia que investiga a explosão.

“Neste momento difícil, o Brasil não foge à sua responsabilidade”, afirmou Bolsonaro durante a teleconferência. O presidente também voltou a manifestar condolências às famílias das vítimas e disse que uma união internacional é necessária para enfrentar as consequências da explosão

Donald Trump também participou do evento e aproveitou para cobrar uma investigação para apurar as causas da explosão. Após discursos contraditórios do governo norte-americano sobre a tragédia, Trump pressionou a comunidade internacional para descobrir o que de fato aconteceu.

“Foi acidente de fato? Se foi acidente, foi um acidente tremendamente horrível. Cabe saber: será que foi outra coisa diferente que não um acidente?”, questionou o presidente.

Na terça-feira (4), após a explosão, Trump chegou a afirmar que o desastre ocorrido na região portuária de Beirute parecia ter sido um “ataque”. Neste domingo, porém, ele condicionou a avaliação a uma investigação. “Uma investigação deve ser feita com muito empenho e se houve qualquer coisa diferente do que hoje lemos tenho recebido diferentes leituras do que pode ter acontecido na tragédia, esperamos que ocorra uma investigação prontamente”.

Sob pressão internacional, o presidente do Líbano, Michel Aoun, prometeu investigar e responsabilizar todos os culpados pela tragédia. O governo do Líbano é acusado de negligência na explosão e está à beira de uma crise humanitária após a destruição de estoques de comida e remédios.

O comando do país enfrenta manifestações nas ruas. Na sexta-feira (7), Aoun disse que a tragédia pode ter sido causada “por intervenção externa”, citando a hipótese de “um míssil”.

Neste domingo (9), o presidente do país árabe prometeu combater a corrupção e empreender reformas após a destruição, em uma tentativa de responder ao cenário. Ele recebeu declarações de condolências na reunião, mas também ouviu cobranças para uma investigação internacional sobre o ocorrido.

“Ninguém está acima da lei. Comprometi-me com cada cidadão libanês que toda pessoa cuja participação ficar comprovada será responsabilizada em conformidade com a legislação libanesa vigente”, disse.


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