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Bolsonaro atende o STF e entrega teste negativo de Covid para ir à posse de Mendonça

Apresentação de teste ou comprovante de vacinação é exigência para entrar na corte.

André Mendonça, e o presidente Jair Bolsonaro, durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília. (Foto: Ueslei Marcelino_Reuters)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou nesta quarta-feira (15) teste negativo de Covid-19 ao STF (Supremo Tribunal Federal), para poder participar da posse de André Mendonça.

A medida atende a um dos requisitos estabelecidos pela corte para os cerca de 60 convidados à cerimônia de posse do segundo indicado de Bolsonaro ao Supremo.

O outro era comprovante de vacinação, mas o presidente é crítico da vacina contra o coronavírus, e alega não ter se vacinado.

“O presidente da República, Jair Bolsonaro, confirmou presença na posse do Ministro André Mendonça, que será realizada nesta quinta-feira (16). A equipe médica da Presidência enviou nesta quarta (15) teste negativo para Covid-19, previsto na resolução 748/2021 do STF sobre as regras para ingresso nos prédios do STF a fim de conter a disseminação da Covid-19”, diz nota do Supremo.

A posse de Mendonça ocorre em meio à retomada de tensões entre Bolsonaro e o Supremo. Segundo relatos, ele cogitou não ir ao evento devido ao mal-estar com os ministros, em especial, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

A questão da vacina é justamente um dos pontos de atrito com a corte. O presidente se irritou com a decisão de Barroso de obrigar o país a barrar viajantes que não tenham o comprovante de imunizante contra a Covid-19.

A decisão liminar, em resposta a uma ação da Rede Sustentabilidade, dá que estrangeiros só poderão entrar no país mediante a apresentação do documento.

Já brasileiros que não tenham como comprovar a imunização devem ficar em quarentena por cinco dias e depois realizar um teste PCR.

A liminar será avaliada pelo plenário virtual da corte nesta quarta-feira (15).

Outro ponto de tensão do chefe do Executivo com a corte são os inquéritos em que é investigado, relatados por Moraes.

No mais recente deles, por ter feito falsa associação entre a vacinação contra a Covid-19 e o risco de se contrair o vírus da Aids.

A PGR (Procuradoria-Geral da República) chegou a pedir que a investigação fosse anulada, mas na terça-feira (15) Moraes negou o pedido.

Em entrevista recente, Bolsonaro se queixou da prisão de aliados em inquéritos também relatados pelo ministro, a que chamou de “violência”.

“Isso é uma violência praticada por um ministro do Supremo que agora abriu mais um inquérito em função de uma live que eu fiz há poucos meses. É um abuso”, disse o presidente, sem citar o nome de Moraes, ao fazer referência à ordem de prisão do aliado caminhoneiro conhecido como Zé Trovão.

“É o que eu disse: ele está no quintal de casa. Será que ele vai entrar? Será que ele vai ter coragem de entrar? Não é um desafio para ele. Quem tá avançando é ele, não sou eu”, completou.

A informação é da Folha de São Paulo.


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