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Brasil

Bolsonaro após denúncia da PGR: “Caguei para prisão”

Ex-presidente falou sobre perseguição contra a direita em seminário do Partido Liberal

Valter Campanato/Agência Brasil

Denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), no âmbito da investigação que aponta uma trama golpista no país, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (20) não se importar com a possibilidade de ir preso.

“O tempo todo isso de vamos prender Bolsonaro. Eu caguei para prisão”, disse durante Seminário Nacional de Comunicação do Partido Liberal.

A declaração vem dois dias após a PGR denunciar 34 pessoas, entre elas o ex-presidente, pelo suposto plano golpista. No evento com a legenda, o ex-mandatário chegou a se defender das acusações:

“Estou com a consciência tranquila, não tem nada contra a gente além das narrativas. Agora investiram nessa última de golpe. Geralmente quem dá golpe é quem ganha. Agora o duro é quando você é golpeado e te acusam de dar golpe. Eu estou tranquilo”, afirmou.

O ex-presidente foi um dos denunciados na peça de Gonet, acusado dos seguintes crimes:

  • organização criminosa armada;
  • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado;
  • dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima;
  • e deterioração de patrimônio tombado.

Anistia

Ainda durante sua fala, Bolsonaro voltou a falar que sua “prioridade” é que o Congresso aprove um projeto de lei que anistia condenados por terem participado dos atos criminosos do dia 8 de janeiro de 2023. O presidente também questionou as acusações feitas pela PGR em relação aos ataques à sedes dos três poderes.

“Eu estava lá [nos Estados Unidos] com o Pato Donald e o Mickey e tentei dar o golpe de 8 de janeiro aqui?”, disse o ex-presidente.

Na terça-feira, o ex-madndatário se reuniu com parlamentares da oposição, onde pediu apoio para tentar aprovar o projeto. Atualmente o texto se encontra em uma comissão especial criada para analisar o assunto, que nunca chegou a ter membros ou a funcionar.

De autoria do deputado federal Major Victor Hugo (PL-GO), o projeto prevê que serão anistiados todos os que participaram de atos com motivação política ou eleitoral, ou que os apoiaram com doações, apoio logístico, prestação de serviços ou publicações em mídias sociais entre 8 de janeiro de 2023 e a data de vigência da futura lei.

Caso a proposta seja aprovada, ela precisa ser sancionada por Lula, o que é considerado impossível por aliados. Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) considera a proposta inconstitucional.

Nas conversas com os dirigentes partidários, Bolsonaro tem alegado que o objetivo é anistiar aqueles que foram condenados a penas duras.

 

Com informações da CNN


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