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Brasil

Bolsa de Valores é ocupada por movimentos sociais em protesto contra fome e desigualdade social

Manifestantes carregam faixas e cartazes contra o governo e levaram barracas para acampar na Bolsa de Valores.

Integrantes de movimentos sociais como Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da frente Povo Sem Medo ocuparam o prédio da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, nesta quinta-feira (23). O protesto é contra o desemprego, inflação e a fome.

Segundo os manifestantes, o ato ocorre por conta das políticas do governo Jair Bolsonaro, que teriam privilegiado a classe mais rica, em um cenário de crise econômica por conta da pandemia do coronavírus, o que tem aumentado a desigualdade social.

Segundo informações do portal g1, o protesto ocorre na B3 por conta da alta vista nas ações de grandes empresas na Bolsa até o meio desse ano, com o Ibovespa chegando a atingir sua máxima histórica de 130.766 pontos, conforme a economia começava a dar sinais de recuperação mais forte.

Por outro lado, os manifestantes dizem que essa melhora do Produto Interno Bruto (PIB) não atingiu as classes mais baixas, que são as mais impactadas com o avanço da inflação e aumento do desemprego.

Os manifestantes carregavam faixas e cartazes com os dizeres “Sua ação financia nossa miséria”, “Tá tudo caro e a culpa é do Bolsonaro”, “Brasil tem 42 novos bilionários enquanto 19 milhões passam fome”, “Tem gente ficando rica com a nossa fome” e também levaram barracas para acampar na B3.

Segundo o movimento, centenas de sem-teto participaram da invasão pacífica, que ocorreu por volta das 13h e não tinha hora para ser encerrada. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, porém, a ideia dos manifestantes é deixar o prédio da Bolsa em breve.

“É inadmissível que quase 100 milhões de brasileiros estejam em situação de fome e insegurança alimentar enquanto os bilionários movimentam R$ 35 bilhões por dia só aqui na bolsa”, disse Debora Pereira, liderança do MTST, em uma nota do movimento.

“Alguém está ganhando muito dinheiro com a fome do brasileiro e isso nós não podemos aceitar”, acrescentou.

Em meio à crise política e econômica no país, a bolsa está no vermelho. No ano, houve queda de 5%.

Procurada, B3 informou que a manifestação ocorre de maneira pacífica e não afeta as operações da Bolsa.


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