Brasil
Barco voador para transporte na Amazônia é uma das novidades do Congresso Internacional de Inovação
O barco voador de 18 metros de comprimento poderá percorrer uma distância de até 450 quilômetros sem reabastecer, operando a uma altura de 5 a 10 metros da água.
Um barco voador apresentado como uma das alternativas para resolver problemas de logística na Amazônia foi uma das novidades do 10º Congresso Internacional de Inovação que encerrou nesta quinta-feira, 28/10, no Parque Expo, em São Paulo.
O barco voador foi apresentado pela empresa AeroRiver . Trata-se de uma embarcação capaz de voar sobre os rios a 150 km/h e chegar ao destino em um terço do tempo das lanchas mais velozes no mercado. A embarcação se chama Volitan.
O barco voador de 18 metros de comprimento poderá percorrer uma distância de até 450 quilômetros sem reabastecer, operando a uma altura de 5 a 10 metros da água. Além disso, o veículo emite menos CO2 do que embarcações e aeronaves.
“Nosso objetivo maior é resolver problemas logísticos na Região Amazônica. Estar no Congresso viabiliza conexões com possíveis investidores e parceiros, ampliando o alcance da AeroRiver”, ressaltou Lucas Guimarães, engenheiro aeronáutico e um dos sócios da startup. O diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick, falou sobre a importância desse tipo de inovação: ”O Sebrae acredita que a chave para o sucesso está na colaboração e na construção de redes. Trabalhamos ativamente para identificar vocações locais, estabelecer parcerias e trazer inovação para territórios onde é necessária”.
Tecido feito a partir de algas
As inovações também chegam ao mundo da moda. E por que não inovar ecologicamente? Pensando nisso, a startup Phycolabs iniciou a produção de uma fibra têxtil a partir de algas. A sustentabilidade nesta iniciativa se dá porque, diferentemente de componentes sintéticos, como poliéster e nylon, as algas possuem características ecológicas — já que são biodegradáveis — e estão disponíveis na costa brasileira.
De acordo com a fundadora da empresa, Thamires Pontes, que é mestre em Indústria Têxtil e Moda, a fibra desenvolvida à base de algas permite a combinação com outros produtos, como algodão, linho, rayon e cânhamo.
O tipo de alga pesquisada (Rhodophyta) é abundante no Nordeste, e o desenvolvimento do produto aponta para bons resultados em relação à resistência e tingimento. Thamires defende o debate sobre a sustentabilidade pelas indústrias.
“É muito importante entender o impacto ambiental dos produtos e como as escolhas dos consumidores podem impulsionar a inovação sustentável. Com a ecoinovação podemos reestruturar processos de produção, criar cadeias de suprimentos sustentáveis, melhorar a eficiência energética, promover a reciclagem e reutilização, entre outras práticas”, comentou.
Ela lembra que o projeto pode acabar parando no guarda-roupa das pessoas. ”A Phycolabs tem o compromisso de aliar tecnologia, inovação, respeito ao meio ambiente, às pessoas e também ao seu próximo look”.
Impressão 3D para obter colágeno
Com o objetivo de obter colágeno humano, a startup Quantis, realiza um bioprocesso inovador de impressão 3D de tecidos humanos. Os tecidos bioimpressos podem ser utilizados em cirurgias, no ramo farmacológico e até em pesquisas contra o câncer. “Buscamos investimentos e parcerias para montar nossa primeira estrutura laboratorial e com isso acelerar vendas e desenvolvimentos”, conta Janaína Dernowsek, PhD em genética e uma das fundadoras da startup. O valor estimado da estrutura é de R$ 1,5 milhão.
Janaína explica que os tecidos bioimpressos já têm um mercado, mas que deseja avançar mais. “Nosso produto é vendido para universidades, hospitais e indústrias de cosméticos para projetos de P&D [Pesquisa e Desenvolvimento]. Estamos desenvolvendo também, junto com a indústria, produtos com maior valor agregado, mas que precisam de uma jornada mais longa para registro, como para o setor de oftalmologia”, relata a empresária.
As informações são do jornal O Dia.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.
Faça um comentário