Brasil
Após reunião com militares e Lula, ministro diz que novos ataques não acontecerão
Ministro da Defesa também fez uma sinalização às Forças Armadas, negando “qualquer envolvimento direto” da cúpula de Exército, Marinha e Aeronáutica.
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou que novos ataques antidemocráticos como os de 8 de janeiro não voltarão a acontecer.
As declarações ocorreram após reunião de alinhamento entre Lula, Monteiro, e os comandantes do Exército (general Júlio Cesar de Arruda), Marinha (almirante Marcos Sampaio Olsen) e Aeronáutica (tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno). Também participaram do encontro o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.
“Não tenha a menor duvida que outro daquele não vai acontecer ate porque as forças armadas irão se antecipar”, afirmou.
Esta é a primeira vez que José Múcio fala publicamente desde os ataques do 8 de janeiro.
Ele também fez uma sinalização em favor das Forças Armadas, negando “qualquer envolvimento direto” da cúpula de Exército, Marinha e Aeronáutica no episódio.
Ainda de acordo com Múcio, a mensagem de Lula aos comandantes foi de confiança.
“Todos se indignaram com aquilo. Não houve quem não se indignasse, de modo que o presidente Lula disse que acreditava no trabalho deles. Tanto que nós hoje tratamos de uma agenda absolutamente diferente.”
Na reunião, ocorreu uma rápida avaliação sobre os atos de 8 de janeiro, mas ela foi focada na discussão sobre recomposição do orçamento do Ministério da Defesa, das Forças e definição de projetos prioritários da Marinha, Exército e Aeronáutica.
“Não houve envolvimento”
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou nesta sexta-feira (20) acreditar que não houve envolvimento direto das Forças Armadas nos atos criminosos de 8 de janeiro.
“Entendo que não houve envolvimento direto das Forças Armadas, agora, se algum elemento, individualmente, teve sua participação, ele vai responder como cidadão”, disse o ministro.
“Os militares estão cientes e concordam que vamos tomar as providências. Evidentemente, no calor da emoção, precisamos ter cuidado para que os julgamentos e acusações sejam justas para que as penas sejam justas. Mas tudo será providenciado no seu tempo”, acrescentou Múcio.
Ao ser questionado se as Forças Armadas cumpririam seu papel caso aconteça um novo ato criminoso semelhante ao de 8 de janeiro, Múcio declarou que “outro [ataque] daquele não vai acontecer, até porque as Forças Armadas irão se antecipar”.
Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), José Múcio Monteiro, os chefes das Forças Armadas e empresários se reuniram no Palácio do Planalto.
De acordo com o ministro da Defesa, o encontro serviu para discutir investimentos na indústria de defesa do Brasil. “Tratamos da capacidade de geração de empregos que o Brasil tem na indústria de defesa”.
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