Brasil
Acusado de ataque ao Porta dos Fundos é extraditado da Rússia e está detido no Rio de Janeiro
Ele havia sido detido pela Interpol em Moscou (Rússia) em setembro de 2020.
Eduardo Fauzi, acusado de promover um atentado contra a sede da produtora Porta dos Fundos, já chegou ao Brasil e está preso no Rio de Janeiro. Ele havia sido detido pela Interpol em Moscou (Rússia) em setembro de 2020.
Segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro, Fauzi está detido no Presídio José Frederico Marques, em Benfica, aguardando audiência de custódia. A polícia afirmou, em nota, que a extradição é “resultado de um esforço conjunto do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Ministério de Relações Exteriores e da Polícia Federal”.
Em nota, os advogados de Fauzi informaram que aguardam decisão do Ministério Público do Rio (MPRJ) sobre eventual denúncia a ser formulada.
De acordo com a defesa, com a conclusão do processo de extradição, a prisão cautelar perde todos os fundamentos. Segundo seus advogados, Fauzi tem desejo de colaborar e entregar seu passaporte à Justiça.
Ele é acusado de participar, em dezembro de 2019, de um ataque, com artefatos explosivos, à sede da produtora Porta dos Fundos, famosa por seus vídeos de comédia veiculados no Youtube.
Quem é?
Eduardo Fauzi é empresário, formado em economia e dançarino de zouk. Porém, nos últimos anos, ele se destacou mesmo pela vasta ficha criminal que acumulou e por uma agressão transmitida ao vivo na TV.
Fauzi possui pelo menos vinte passagens pela polícia — entre elas anotações por ameaça, lesão corporal, desacato, extorsão e Lei Maria da Penha. Além disso, é investigado pela suspeita de atuar numa milícia na cobrança de estacionamentos rotativos no Centro do Rio.
Fauzi havia fugido para a Rússia no dia 29 de dezembro de 2019, um dia antes de ter a prisão decretada pelo ataque ao Porta dos Fundos. No país, vivem sua mulher, que tem origem russo-israelense, e seu filho.
Duas semanas após o atentado, ele assumiu o crime em entrevista ao site do projeto Colabora e disse que agiu apenas por motivação política. O economista contou também que planejou a fuga com antecedência alegando ter sido “avisado” de que seria preso.
“Achavam que fui muito estúpido para não cobrir o rosto e não alterar a voz, mas fui conectado o suficiente pra ser avisado do mandado de prisão a tempo de viajar pra fora do país”, disse Fauzi ao Colabora, após fugir do Brasil.
Fauzi chegou a ser réu na Justiça Federal pelo crime de terrorismo, mas uma nova decisão, do desembargador Marcello Ferreira de Souza Granado, mudou a tipificação. O caso saiu, então, da competência da Justiça Federal e os autos retornaram para a Justiça do Rio de Janeiro.
A primeira aparição pública do suspeito por atacar a produtora carioca foi uma agressão feita durante uma entrevista ao vivo, dada pelo então secretário municipal de Ordem Pública do Rio, Alex Costa, em 2013.
Após a interdição de um estacionamento irregular administrado por Fauzi, ele aproveitou as câmeras ligadas para se aproximar do secretário pelas costas e agredi-lo com um tapa na cabeça gritando “é mentira” enquanto Costa falava.
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