Amazonas
Zona Franca: Abraciclo projeta venda de 1.070.000 motos este ano
Crescimento será de 13,8% sobre 2018 e para 2020 a estimativa é de nova alta, de 6,5%. A indústria ainda está longe de alcançar o patamar de 2011, quando foram produzidas mais de 2 milhões de unidades.
A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) revisou para cima suas projeções para este ano e estima alta de 13,8% no mercado interno, com 1.070.000 licenciamentos, e uma produção de 1.105.000 motos, expansão de 6,6%.
A revisão foi feita a partir do balanço de outubro, quando foram emplacadas 98,3 mil motocicletas, com o total vendido no acumulado do ano chegando a 894,8 mil unidades. A quase totalidade das motocicletas produzidas no Brasil são de fábricas instaladas na Zona Franca de Manaus.
Pelas projeções da Abraciclo, até dezembro serão exportadas 34 mil motos e em 2020 esse volume será ainda menor, na faixa de 30 mil unidades, o que representará queda de 11,8%, segundo os números divulgados nesta segunda-feira, 18, durante prévia do Salão Duas Rodas 2019, pelo presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian. A expectativa para 2020 é de aumento na faixa de 6,5% nas vendas domésticas, que atingiriam 1.140.000 unidades, e de crescimento um pouco menor na produção, de 6,3%, para 1.175.000 motos.
As fabricantes de motos venderam no ano passado total de 940.108 unidades e até ser conhecido o balanço de outubro a estimativa era chegar a um máximo de 1.020.000 unidades este ano. “A maior oferta de crédito, com taxas de juros mais atrativas e novos players, como os bancos digitais, aumentou o interesse do consumidor pela aquisição de um modelo 0 km, movimentando o mercado interno acima das nossas expectativas”, comenta o presidente da Abraciclo.
Também contribuem para o desempenho positivo a apresentação de novos modelos no mercado brasileiro, com recursos tecnológicos inéditos e design renovado, assim como a busca do consumidor por modos de locomoção mais ágeis nas grandes cidades e também por modelos de menor custo, tanto na hora da aquisição como no abastecimento e na manutenção.
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Fermanian destaca que desde o ano passado o setor de motocicletas dá sinais concretos de recuperação, com a consolidação do processo de crescimento agora em 2019. Lembra, porém, que a indústria ainda está longe de alcançar o patamar de 2011, quando foram produzidas mais de 2 milhões de unidades.
De qualquer forma, há otimismo quanto à continuidade de recuperação do setor e são boas as perspectivas de novos negócios a partir da realização do Salão Duas Rodas. A mostra abre suas portas ao público nesta terça-feira, 19, com 420 marcas expositoras, público estimado em 240 mil pessoas e 10 quilômetros em pistas para testes, com mais de 70 modelos à disposição dos visitantes.
Em contraste com o mercado interno, as exportações estão em queda este ano e devem continuar desaceleradas em 2020, em função principalmente da crise no mercado argentino, principal comprador dos produtos brasileiros. No acumulado do ano foram exportadas 32.284 motocicletas, o que representa um recuo de 47,5% em relação às 61.491 unidades embarcadas no mesmo período de 2018.
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