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Amazonas

Wilson Lima não respeita os trabalhadores, afirmam dirigentes sindicais da saúde e educação

Dirigentes dos principais sindicatos da saúde e educação no Amazonas criticam falta de diálogo do governo com os trabalhadores.

Os dirigentes dos quatro principais sindicatos de trabalhadores da saúde e educação no Amazonas – que representam milhares de funcionários públicos no Estado – são unânimes na avaliação de que falta ao governador do Estado, Wilson Lima (PSC) respeito com as categorias profissionais, desde que assumiu o governo e não cumpriu promessas de campanha de que manteria aberto o diálogo para discutir reivindicações salariais e de condições de trabalho.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteam), Ana Cristina Rodrigues, disse que o governador “não valoriza e não respeita” e não abre negociação para discutir “as especificidades” da categoria. “Total falta de respeito é o que define essa relação do atual governador com os trabalhadores da educação. Essa pessoa que está no governo do estado não se coloca como administrador de fato imparcial e que possa sentar com os representas e discutir as necessidades dos trabalhadores”, avaliou.

A coordenadora do Sindicato dos Educadores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical), Helma Sampaio, disse que há insatisfação geral com Wilson Lima. “Todas as entidades deveriam ser ouvidas. Avaliamos que o governo está deixando muito a desejar em várias áreas. Estamos buscando desde janeiro sermos recebidos em audiência na Secretaria de Educação (SES) e não obtivemos nenhum êxito, nem com o governador”, disse.

Helma Sampaio informou que há uma promessa de que o governador vai receber os representantes do Asprom, mas que “falta do governador o interesse de dialogar com os professores. Avaliamos muito, muito negativo, vindo de um governador que deseja a reeleição. Não vemos interesse dele pela área de educação”, disse. Segundo ela, o governador “não se dispôs a receber e negociar com o sindicato as pautas de reivindicações dos professores, salários e condições de trabalho”. A dirigente reivindica que o governador possa “agir com espírito democrático” e negociar as pautas da campanhas salarial.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado (Sindsaúde), Cleidinir Francisca do Socorro, disse que não é bom o balanço que todos os sindicatos ou a maioria dos sindicatos têm sobre o relacionamento com o governo do estado. “Muitas dificuldades desde o início do governo. Estamos muito tristes pela falta de diálogo para podermos mostrar a realidade da categoria”, afirmou a sindicalista.

Ela lembrou que a categoria não conseguiu os 24% de reposição que tinha para receber e que o governador só 14,77% e, mesmo assim, ainda não pagou todo. Faltam cerca de 3% que devem ser pagos em março deste ano. Ela lembrou que as progressões e promoções estão atrasadas. “Quando candidato, ele prometeu e não cumpriu as progressões, as promoções e revisão do plano de cargos e carreiras, mesmo ao longo da pandemia”, disse.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Santas Casas, Entidades Filantrópicas e Religiosas e Estabelecimentos de Saúde do Amazonas (Sindpriv-AM), Graciete Mouzinho, considera que “não há relação nem diálogo” do governo com os trabalhadores. Ela disse que, logo que Wilson Lima assumiu, houve oportunidade de dialogar e lembrou dos contrato terceirizados. E afirmou que, hoje, há “muita dificuldade de sentar para conversar” com o governador e a SES.

Graciete Mouzinho informou que o secretário de Saúde, Anoar Samad, prometeu conversar sobre o ticket alimentação e risco de vida dos associados ao Sindpriv, e até agora não cumpriu. “Sentimos dificuldade financeira e temos comida com mosca tapuru, larvas… há trabalhadores há cinco meses sem receber. E quem reclama é ameaçado ou demitido, muitos sem receber as verbas rescisórias”, disse.


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