Amazonas
Vice-governador do Amazonas diz que caso da invasão de seu gabinete foi ‘esquecido’ pelas autoridades de segurança
Dentro da sede do Governo do Amazonas, sala da vice-governadoria foi invadida e revirada em 2021.
Mais de um ano depois da invasão do gabinete do vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida, na sede do Governo do Estado, a Polícia Civil do Estado (PC) não avançou nas investigações. Segundo Carlos Almeida, o caso foi “esquecido” pelas autoridades de segurança do Estado.
No dia 25 de maio de 2021, o ex-secretário-executivo da Vice-governadoria, Renato Nogueira de Oliveira, registrou Boletim de Ocorrência (B0) informando que as gavetas das mesas e armários do gabinete do vice-governador foram reviradas e as fechaduras do local trocadas por pessoas não identificadas. Segundo ele, ao chegar à sala, percebeu que a porta estava com nova fechadura e não conseguiu abrir.
Carlos Almeida disse que além da invasão ao seu gabinete, os funcionários de sua equipe foram exonerados pelo governador Wilson Lima (UB), no mesmo período, deixando, inclusive, ele sem o salário de vice-governador por um mês.
“O gabinete, a bem da verdade, eu nem pisava mais os pés depois que me afastei, mas era o gabinete, onde o meu pessoal trabalhava. Quando invadiram o gabinete e exoneram o meu pessoal, eu fiquei um mês sem receber. Porque não tinha como gerar folha de pagamento do meu pagamento. Eu sou servidor público há 16 anos, eu vivo do meu salário. Eu não vivo do mistério que o Wilson vive”, declarou Carlos Almeida, completando.
“A justiça tem seus momentos. Se lá para tantas verificarem que se for errado e merecer reprimenda criminal, vai. Porque o que ele fez não prescreve tão cedo”, disse o vice-governador.
Carlos Almeida reiterou que a invasão ao seu gabinete atingiu não somente o Estado do Amazonas como a seus eleitores. “Eu fui tão eleito quanto ele. Eu tenho meus eleitores. Eu não fui na rebarba. Eu somei votos. Então, ele está violando os interesses dos meus eleitores. Outra coisa, se ele faz isso com o vice-governador, o que se faz com a população em si?”, disse.
Carlos Almeida disse que a exoneração de seu pessoal prejudicou até a sua segurança. Ele informou que a questão segue com ação na Justiça do Amazonas. “Olha só o sentido em que aconteceu quando pegaram e exoneram todo o meu gabinete, meu pessoal, a me impedir das minhas atividades e que restringe a minha atuação, prejudica a minha segurança. A discussão era o Carlos, no meio dessa confusão inteira, estar brigando por cargos. Era muito fácil comunicar a população de que eu estava atrás de meus direitos e meus cargos e virando as costas para a população. O que na verdade é um anacronismo”.
“Eu judicializei a demanda, informei da questão do gabinete isso, e o que era o judiciário deveria compreender que uma situação como esta é uma situação brutal, seria mais ou menos como se um presidente de uma assembleia estivesse exonerando o gabinete de um deputado, ou da câmara, por exemplo. Mas o judiciário local acabou concedendo razão ao executivo. Então, de uma forma completamente escandalosa, o Judiciário entende isso como normal. Eu continuo judicializando, óbvio, porque eu quero ver até onde vai parar. Só que eu não tenho feito alaridos, estardalhaços sobre isso, porque a população do Amazonas merece muito mais atenção do que uma briga neste caso. Que o Wilson é um crime, é. Que o Wilson está fazendo é irregular, é”, comentou Carlos Almeida.
O 18 Horas tentou ouvir a Polícia Civil do Amazonas, mas não obteve sucesso.
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