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Amazonas

Velocidade de vazante do rio Negro diminui para 6 centímetros por dia e cota chega a nova marca histórica de 12,73 metros

A estiagem extrema que atinge a Amazônia desde setembro deve continuar na maior parte da região até o final do ano.

Criança no Lago do Aleixo, seco, em Manaus (AM). (Foto: Edmar Barros/Futura Press/Estadão)Conteúdo)

O rio Negro desceu mais 16 centímetros nas últimas 48 horas, sendo 6 centímetros nas últimas 24 horas, e chegou a uma nova cota histórica de vazante de 12,73 metros, de acordo com a medição do Porto de Manaus. É a menor vazão em um único dia desde 11 de agosto, quando as águas  desceram 7 centímetros, de acordo com os números da medição.

A estiagem extrema que atinge a Amazônia desde setembro deve continuar na maior parte da região até o final do ano. O rio Negro, um dos maiores da bacia amazônica, bateu sucessivamente recordes de baixa na semana passada, com sua cota abaixo da mínima histórica vista há mais de 120 anos. E continuou .

Outro grande curso d’água que baixa a cada dia é o Amazonas. O rio atingiu a maior cota (negativa) já registrada em Parintins na 6ª feira (20/10). Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), é a pior estiagem da cidade em 49 anos de medição. De acordo com o SGB, o Amazonas amanheceu a 1,90 metros abaixo do nível normal, 4 cm abaixo do recorde anterior, de 2010, quando o nível do rio chegado a 1,86 metros negativos.

Com o transporte hidroviário afetado pela estiagem, empresas da Zona Franca de Manaus (ZFM) já enfrentam falta de matéria. Há estoques para abastecer o país na Black Friday, mas há incerteza para o Natal, avalia Marcello Di Gregorio, diretor do Super Terminais, terminal portuário privado que opera na capital do Amazonas, destaca a Folha.

Outra preocupação é com o abastecimento de combustíveis, que chegam a muitas localidades da região por navios. O diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, disse na 5ª feira (19/10) que a agência não havia registrado desabastecimento, apesar das dificuldades cada vez maiores para o transporte de carga pelos rios.

Mas São Gabriel da Cachoeira, município no alto rio Negro, no noroeste do Amazonas, já sofre racionamento de energia elétrica porque o navio que transportava combustível para a termelétrica que atende a cidade encalhou e não chegou a seu destino.


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