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Amazonas

Univaja lança manifesto em memória de Bruno Pereira e Dom Phillips, mortos há 3 anos no Amazonas

A Univaja promoverá uma mobilização nas redes sociais em homenagem ao jornalista e ao indigenista.

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O indigenista Bruno Araújo Pereira, da Fundação Nacional do Índio (Funai), e o jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do jornal The Guardian, desapareceram no Vale do Javari, na Amazônia. (Foto: Reprodução)

A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) lança um manifesto neste dia 5 de junho, data que marca três anos dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, no Vale do Javari, Amazonas. A ação, que também coincide com o Dia Mundial do Meio Ambiente, tem como objetivo manter viva a memória de Dom e Bruno — e de todos os que morreram defendendo a floresta e os povos originários. O documento também exige ações concretas para garantir a proteção dos guardiões da floresta.

Além do manifesto, a Univaja promoverá uma mobilização nas redes sociais em homenagem ao jornalista e ao indigenista. A organização convida a população a usar verde ou branco e a publicar fotos ou vídeos nas redes sociais com as hashtags #brunoedom #justicaparabrunoedom #brunoedompresentes #univaja #valedojavari #povosindigenas.

O indigenista Bruno Pereira era servidor licenciado da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e estava atuando como consultor técnico da Univaja em ações para reduzir a pesca e a caça ilegais em território indígena. Era considerado um dos maiores especialistas do país em povos indígenas isolados ou de recente contato. Já o jornalista britânico Dom Phillips era comprometido em dar visibilidade à luta pela proteção a Amazônia. Ele estava escrevendo um livro-reportagem sobre a região.

Caso Bruno e Dom

A investigação da Polícia Federal, concluída em novembro de 2024, apontou que o crime foi motivado para impedir atividades de fiscalização no Vale do Javari. Rubén Dario da Silva Villar, conhecido como “Colômbia”, foi indicado como mandante. Ele é acusado de ser traficante de drogas e chefe de uma organização criminosa que pratica pesca e caça ilegais.

O inquérito da PF também indiciou oito pessoas por participação no assassinato, mas os nomes não foram divulgados. Três pessoas, no entanto, já haviam sido denunciadas em 2022 pelo Ministério Público Federal como executores: Amarildo da Costa Oliveira (“Pelado”), Oseney da Costa de Oliveira (“Dos Santos”) e Jefferson da Silva Lima (“Pelado da Dinha”), acusados de duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Atualmente, os dois réus confessos, Amarildo e Jefferson, seguem presos e aguardam julgamento por júri popular. A Justiça rejeitou a acusação contra Oseney por falta de provas, mas o MPF recorre ao STJ para que ele também vá a júri.


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