Sobe para 4 o número de mortos em incêndio de barco no Rio Negro; buscas por desaparecidos continuam

As buscas pelos desaparecidos após o incêndio do barco Comandante Souza, no Rio Negro, nas proximidades de Manaus, continuaram neste domingo, de acordo com o Corpo de Bombeiros, que manteve cerca de 20 homens, incluindo mergulhadores, trabalhando no local da tragédia, que ocorreu na madrugada de sábado (27/07). O número oficial de mortos subiu para quatro, de acordo com o Instituto Médico Legal (IML).

A embarcação saiu do Porto de Manaus para o município de Santa Isabel do Rio Negro e pegou fogo nas proximidades da Comunidade Santa Maria, após cerca de 40 minutos de viagem. Ao todo, segundo o governo, 58 feridos foram resgatados. A embarcação não tinha lista de passageiros, revelando mais uma vez a falta de fiscalização do transporte de passageiros nas viagens regionais.

A Marinha do Brasil informou que tomou conhecimento do incêndio na embarcação de passageiros “Comandante Souza III”, que realizava a viagem entre Manaus e Santa Isabel do Rio Negro na madrugada de 27 de julho.

A embarcação, com 12 tripulantes e aproximadamente 64 passageiros a bordo.

Uma equipe de Busca e Salvamento da Capitania dos Portos foi enviada ao local e iniciou as operações de resgate horas depois ao incidente. O Navio de Assistência Hospitalar “Soares de Meirelles” e o Navio Patrulha Fluvial “Amapá”, ambos pertencentes ao Comando do 9º Distrito Naval, também foram mobilizados para auxiliar nas buscas e no socorro às vítimas.

Segundo informações fornecidas pelo Corpo de Bombeiros do Estado do Amazonas, o incidente resultou em 8 vítimas graves, 51 vítimas leves, 4 óbitos e vários desaparecidos.

A Marinha instaurará um Inquérito Administrativo (IAFN) para investigar as causas, circunstâncias e possíveis responsabilidades pelo acidente. Após a conclusão e cumprimento das formalidades legais, o inquérito será encaminhado ao Tribunal Marítimo, que procederá com a distribuição e autuação, e enviará o caso à Procuradoria Especial da Marinha para adoção das medidas cabíveis.