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Amazonas

Sinteam promete recorrer de pedido indeferido para suspender volta das aulas presenciais nas escolas da Seduc-AM

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas, Ana Cristina Rodrigues, afirmou que colégios não estão preparados para evitar contágio pela Covid-19.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) vai recorrer da decisão da juíza titular da 3ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Manaus, Etelvina Lobo Braga, que indeferiu, nesta sexta-feira (7), o pedido da entidade para suspender a volta às aulas presenciais na rede estadual de ensino, a partir da próxima segunda-feira (10), em Manaus.

“Lamentamos a insensibilidade da juíza e vamos recorrer”, afirmou a presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues. O sindicato alega que muitos profissionais da educação, alunos, pais e responsáveis estão temerosos com a retomada das atividades nas escolas públicas da capital, administradas pela Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc-AM), por acreditarem ainda não ser seguro diante da pandemia da Covid-19 .

Nesta semana, o Sinteam visitou várias escolas e também recebeu denúncias sobre o despreparo das escolas para receber alunos e trabalhadores com a devida segurança em plena pandemia. “A única coisa que encontramos foram marcações com adesivo no chão. Quem garante que um adesivo colado vai fazer com que as pessoas mantenham o distanciamento necessário? Há unidades que não têm janelas nas salas de aula impedindo a ventilação, circulação e renovação do ar. Há turmas que, mesmo divididas por blocos, continuam lotadas com 28 alunos. Os professores receberam apenas uma máscara. Em alguns locais ainda não chegou termômetro, álcool, nem tapete sanitizante e só há duas pias para atender, em média, 300 estudantes. Como vai ser feita a higienização das mãos na entrada das escolas mantendo o distanciamento de 1 metro entre as pessoas? Vão fazer filas do lado de fora? E os refeitórios? Os mesões utilizados não permitem distância. Sem falar que não tem teste para alunos e nem trabalhadores. Quem vai garantir nossa saúde e nossa vida caso haja contaminação?”, questionou Ana Cristina.

O Sinteam também afirmou que a realidade das escolas particulares é bem diferente da escola pública, a iniciar pelo número de alunos. O deslocamento também é diferente, em sua maioria, argumenta o sindicato. Maior parte da comunidade escolar da rede estadual utiliza o transporte coletivo, mais um motivo para a disseminação do vírus. “Não queremos perder mais ninguém. Estamos preocupados com a saúde. Índices e metas podem ser recuperados. A vida não”, disse a presidente do sindicato.


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