Amazonas
Sinteam informa que pediu ajuda ao ministro da Educação para abrir diálogo com o Governo do Estado
Ana Cristina entregou ao ministro um ofício com as pautas da categoria
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) informou que sua presidente, Ana Cristina Rodrigues, abordou o ministro da Educação, Camilo Santana, na manhã de hoje (27/03), e pediu que ele ajude os trabalhadores a abrirem o diálogo com o Governo do Estado sobre a data-base da categoria, que é no dia 1º de março. O encontro aconteceu logo após o lançamento do programa Pé-de-Meia no Amazonas, no Centro de Convenções Vasco Vasques.
Ana Cristina entregou ao ministro um ofício com as pautas da categoria, mencionou o descaso do governo no trato com os trabalhadores e informou que há seis anos não há diálogo entre trabalhadores e empregador. “Estamos pedindo socorro a todas as autoridades. Nossa campanha não é somente salarial. A educação do Amazonas está abandonada e não falo só dos trabalhadores mas também dos estudantes, que estão em ambientes totalmente insalubres”, disse a professora a Santana.
A secretária de Estado da Educação, Arlete Mendonça, estava presente mas apenas cumprimentou a sindicalista.
Camilo afirmou que vai tentar ajudar na intermediação do diálogo.
Cessão de tempo
Ontem, em cessão de tempo na ALE, Ana Cristina Rodrigues, desafiou os deputados estaduais a fiscalizarem a educação no Amazonas. “É preciso que os deputados e deputadas desta casa olhem a educação da maneira que ela deve ser vista, e melhor ainda que fiscalizem o governo do Estado, porque este, sim, precisa prestar contas com a população sobre a educação e outros pontos da nossa cidade”, declarou.
A provocação aconteceu durante cessão de tempo na Assembleia Legislativa do Estado, concedida pelo deputado Wilker Barreto.
“Infelizmente, nós não temos nada a comemorar na educação do Amazonas. Nós começamos desde os índices (o Amazonas ficou em último lugar no ranking que avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica). Mas vou focar aqui nas leis da educação que o Estado tem e que infelizmente não cumpre há seis anos. Todos os anos os trabalhadores buscam essa casa para que essa casa possa intermediar uma negociação com o governo do Estado, quando na verdade nós deveríamos já estar direto com o nosso empregador falando da nossa campanha salarial”, disse Ana Cristina aos deputados presentes.
A data base dos trabalhadores da Seduc é no dia 1 de março, amparada pela Lei 3951 de 4 de novembro de 2013. Se a legislação fosse cumprida, o salário da categoria já deveria vir reajustado no mês de março.
A categoria reivindica, entre outras coisas, 20% de reajuste salarial, somando a inflação dos anos de 2023 e 2024, o restante de 2022, retroativos e ganho acima da inflação.
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