Amazonas
Síndrome que surgiu na China mata pessoas no Amazonas e não é o novo coronavírus
Dos mortes, 71% dos casos apresentaram pelo menos um fator de risco agravamento, com 42% respectivamente em pacientes idosos, diz Boletim da Vigilância Sanitária.
A Síndrome Respiratória Aguda Grave, que surgiu em 2003/2004, quando houve um surto de gripe que começou no sul da China e se espalhou pelo mundo, a Influenza H1N1, também chamada de gripe aviária, matou 18 pessoas no Amazonas, entre 129 pacientes confirmados, de novembro de 2019 a janeiro de 2020. Por esses números, o índice de mortalidade entre os casos notificados chega a 14%., bem maior do que os estimados 3% dos casos de novo coronavírus.
Os primeiros casos desta doença ocorreram a partir de 16 de novembro de 2002, em Gunagdong (China). Em 11 de fevereiro de 2003 a OMS recebeu a notificação sobre a ocorrência na província de Guangdong, de 305 casos de pneumonia atípica grave, 105 dos quais em profissionais da área da saúde. Ocorreram cinco óbitos, e em dois destes foi detectada a presença de Chlamydia.
De acordo com informações do G1 Amazonas, o Boletim Epidemiológico de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), das 18 mortes, 7 foram confirmados por vírus respiratórios e 11 por outras síndromes respiratórias. Dos mortes, 71% dos casos apresentaram pelo menos um fator de risco agravamento, com 42% respectivamente em pacientes idosos, cardiovasculares ou com diabetes, 28% pneumopatas e 14% em crianças de 1 a 4 anos.
O boletim tem o objetivo de descrever a situação epidemiológica da SRAG no Estado do Amazonas, no período de sazonalidade de novembro de 2019 a janeiro de 2020, caracterizando especificamente os municípios que tiveram surto no período em questão.
O termo Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). surgiu em 2003/2004, quando houve um surto de gripe que começou no sul da China e se espalhou pelo mundo. Era a Influenza H1N1, também chamada de gripe aviária. Os pacientes evoluíam com uma falta de ar muito intensa. O raio-x indicava pneumonia e o paciente precisava de apoio hospitalar muito grande. Atualmente, o termo é usado para outras pneumonias causadas por vírus e que podem levar o paciente até a UTI.
Os 129 casos de SRAG ocorreram em residentes de 14 municípios do estado, dos quais 110 casos (85,3%) foram registrados na capital Manaus, onde 28 casos foram confirmados, sendo 12 casos de Influenza B, 10 casos de adenovírus, 4 casos de VSR, 2 casos de metapneumovírus e 1 caso de Parainfluenza.
Em 12 de março de 2003 a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um Alerta Global sobre a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, do inglês Severe Acute Respiratory Syndrome), uma pneumonia atípica grave, transmissível para contactantes próximos, inclusive profissionais da área da saúde, e ainda sem etiologia determinada.
Em 26 de fevereiro de 2003 foi identificado um caso de pneumonia atípica grave (caso índice), cuja etiologia ainda não foi estabelecida, em um paciente de 47 anos que adoecera logo após ter chegado a Hanói (Vietnã), depois de ter visitado a China, incluindo Hong Kong. Após a internação, em um período de 4 a 7 dias, sete profissionais da área de saúde que haviam cuidado do caso índice adoeceram com manifestações semelhantes. Em 13 de março o caso índice evoluiu para o óbito, logo depois de ter sido transferido para Hong Kong (China). A epidemia de Guangdong continua em evolução e a causa ainda está sendo investigada.
Prevenção
As autoridades sanitárias recomendam a lavagem frequente das mãos com água e sabão, o uso de álcool gel a 70%, evitar contato com pessoas gripadas e lugares aglomerados, evitar tossir diretamente nas mãos, e sim na curva interna do braço, uso de lenços descartáveis, uso de máscaras, repouso adequado, boa hidratação e alimentação equilibrada, são algumas das recomendações.
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