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Amazonas

Sindicato dos Médicos do Amazonas alerta para riscos da contratação direta de enfermeiros

Simeam diz que profissionais estão prestes a perder seus empregos para abrir espaço para outros ainda sem a qualificação.

O Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam) expressou em suas redes sociais “sua profunda preocupação” em relação à decisão do Governo do Estado do Amazonas de encerrar a contratação de enfermeiros por meio de empresas especializadas, optando por uma contratação direta visando custos mais baixos. A mudança, que está em andamento, de acordo com o Simeam, “impactará diretamente a qualidade dos serviços de saúde no Estado”.

Segundo o Simeam, atualmente, aproximadamente 300 enfermeiros altamente qualificados, vinculados ao Instituto de Enfermeiros Intensivistas do Amazonas (IETI), “desempenham um papel crucial nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) da região”. No entanto, o Simeam alerta que esses profissionais estão prestes a perder seus empregos para abrir espaço para profissionais ainda sem a qualificação específica necessária para lidar com procedimentos de alta complexidade.

O Presidente do Simeam, Mario Vianna, destacou a falta de especialização dos novos profissionais que serão contratados diretamente pelo governo. Ele afirmou: “Estamos diante de uma situação preocupante, na qual enfermeiros altamente treinados e experientes estão sendo substituídos por possíveis profissionais que ainda não têm a expertise necessária para atuar em ambientes de UTI. Isso representa um risco significativo para a segurança dos pacientes e para a eficácia dos tratamentos.”

Para o sindicato, a decisão do governo de priorizar a contratação de profissionais com base apenas no custo terá consequências graves para a população e para o sistema de saúde como um todo. Mario Vianna acrescentou: “Acreditamos firmemente que a escolha pela economia a curto prazo resultará em custos muito mais altos no futuro, especialmente quando se trata da saúde e do bem-estar dos cidadãos amazonenses.”

O Simeam insta as autoridades estaduais a reconsiderarem a medida e a dialogarem com os profissionais de saúde e seus representantes para encontrar soluções que garantam a qualidade dos serviços prestados à população, “mantendo o alto padrão de cuidados que o povo do Amazonas merece”.


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