Amazonas
Sindicato de professores no AM demonstra preocupação com desemprego no ensino privado
Na última quinta-feira (11), o Sinepe-AM anunciou, em uma audiência pública da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), que haverá demissão de trabalhadores no setor.
A previsão do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Estado do Amazonas (Sinepe-AM) de demissões de até 35 mil funcionários de escolas e faculdades, além do fechamento de escolas, tem causado preocupação aos trabalhadores do setor, que enfrenta a maior crise da história. O Sindicato dos Professores da Rede Particular de Ensino (Sinpro) avalia que profissionais estão sendo prejudicados, do Ensino Infantil ao Superior.
Na última quinta-feira (11), o Sinepe-AM anunciou, em uma audiência pública da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), que haverá demissão de trabalhadores diretos e indiretos do setor da educação com a obrigatoriedade de descontos de 20% nas mensalidades escolares, determinada pelo juiz da 13a vara cível, Victor André Gomes, a pedido do defensor Christiano Pinheiro da Costa, da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM), para o ano letivo de 2021.
“É muito preocupante, pois o setor educacional é a única fonte de renda para diversos profissionais, que já estão sendo penalizados pela redução salarial por conta dos cancelamentos e baixa procura por matrículas. Os professores de escolas pequenas estão sendo os mais prejudicados”, comenta o presidente do Sinpro, Edilmar Passos. E, segundo o Sinepe-AM, os estabelecimentos desse porte representam a maioria.
Para reverter esse cenário, Passos aponta que é fundamental que haja um movimento político do Amazonas para conscientizar sobre a importância e valorização dos trabalhadores da educação. “Já tem sido desafiador para os professores ficarem vivos e com saúde física e mental, principalmente tendo que ministrar aula sabendo que uma pessoa da sua família ou alguma pessoa querida está com problemas”, disse.
A pandemia também trouxe à tona outros problemas aos professores, como a sobrecarga de trabalho e aumento nos custos como energia e internet. “E mesmo diante de todos esses obstáculos, os educadores têm se desdobrado e buscado inovar e tornar o conteúdo cada vez mais atrativo aos seus alunos”, aponta o presidente do Sinpro.
Cenário da Educação
De acordo com levantamento do Sinepe-AM, todas as escolas estão com 40% de vagas ociosas, pois tiveram cancelamentos de matrículas, isso somado ao índice de inadimplência, que no ano passado era de 35% e, hoje, já chega a ultrapassar 60%.
“Duas escolas já fecharam as portas na cidade, a maioria está com funcionários em aviso prévio e a tendência é que haja demissão de 35 mil trabalhadores da educação privada”, informou o assessor jurídico do Sinepe-AM, Rodrigo Melo.
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