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Amazonas

Sindicato de professores e pedagogos de Manaus anuncia greve “em defesa da vida”

Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical) diz que a Seduc não atendeu a solicitação do Sindicato para dar total segurança para o retorno das aulas presenciais”.

O Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical) anunciou que seus associados estão em greve, “em defesa da vida”, e não retornarão às escolas para as aulas presenciais anunciadas para começar nesta segunda-feira, 10 de agosto, em Manaus, pelo governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC).

Em carta aberta à sociedade e aos pais e responsaveis por alunos da Secretaria de Educação do Amazonas (Seduc) em Manaus, o sindicato comunica à sociedade manauara que a partir desta segunda-feira os professores e pedagogos que atuam nas escolas de Ensino Médio da Seduc em Manaus já estarão em greve, por tempo indeterminado, contra o retorno das aulas presenciais nestas escolas e em defesa da vida.

Na carta, o sindicato diz que as autoridades científicas do Brasil e do Amazonas afirmam de forma convicta que a pandemia da Covid-19 não está controlada na capital e no Estado do Amazonas. “ Temos fortes motivos pra desconfiar que os dados apresentados pela Fundação de Vigilância da Saúde não são verdadeiros. Acreditamos que os casos de contaminação e de mortes por Covid-19 estão sendo subnotificados ”, informa.

A nota também diz que, “por outro lado, a Seduc não atendeu a solicitação do Sindicato para dar total segurança para o retorno das aulas presenciais”. E que a Seduc não fez as reformas nas janelas das salas de aula e das salas de professores para que haja a circulação do ar natural, conforme exigido pela Organização Mundial da Saúde-OMS; não se responsabilizou em fazer testagem em massa dos Professores e alunos para, principalmente, identificar os assintomáticos e separa-los para não retornarem e não contaminarem os outros da comunidade escolar, e, mais grave de tudo, o Governo do Estado não tomou nenhuma atitude para ter um rígido controle sobre o transporte coletivo urbano”.

O Asprom Sindical afirma que, mesmo com a pandemia, os ônibus continuam circulando superlotados e sem nenhuma fiscalização do poder público. E que é certo que os adolescentes e trabalhadores em educação irão se contaminar dentro dos ônibus se forem obrigados a retornarem ao trabalho presencial nas escolas. “Infelizmente, o decreto de retorno das aulas presenciais do Governador irá transformar às escolas em verdadeiros abatedouros”, diz.

O Asprom Sindical orienta aos pais e responsáveis por alunos da Seduc que, para preservar as vidas, não mandem seus filhos para as escolas enquanto durar a greve dos professores. “É importante compreender que um ano letivo pode sempre ser recuperado. Mas a vida de alguém que morre, jamais pode ser recuperada. Não exponham seus filhos à este risco! O Governo do Estado está sendo irresponsável, mas, você, pai ou responsável por aluno, não precisa e não deve ser irresponsável junto com o Governo”, diz a nota.


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