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Amazonas

SGB diz que cheia em Manaus deve atingir ápice em 2 semanas, mas não supera nível recorde

O 3º Alerta de Cheias do Amazonas indica que há 35% de chance de o rio Negro atingir a cota de inundação severa

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Fotos – João Viana / Semcom

O Serviço Geológico do Brasil (SGB) divulgou nesta sexta-feira (30) o 3º Alerta de Cheias do Amazonas de 2025. O boletim traz as previsões dos níveis dos rios Negro, Solimões e Amazonas em Manaus e em outros três municípios do estado, com antecedência de 15 dias para o pico da cheia. De acordo com o alerta, a previsão é que o rio Negro atinja 28,84 metros em Manaus, com uma margem de variação entre 28,56 m e 29,16 m. A probabilidade de alcançar a cota de inundação severa, que é de 29 metros, é de 35%. Já a chance de superar o recorde histórico de 30,02 metros, registrado em 2021, é inferior a 1%.

Divulgação/SGB

Durante apresentação, a superintendente do SGB em Manaus, Jussara Cury, destacou o monitoramento hidrológico e apresentou as previsões para os rios Negro, Solimões e Amazonas que em 2025 tendem a registrar níveis próximos da cota de inundação severa como é o caso de Manaus, e acima do nível de severidade a exemplo de Itacoatiara, configurando que a cheia de 2025 represente um evento significativo em algumas localidades da região.

Para o chefe da Divisão de Hidrologia Aplicada, Emanuel Duarte, no cenário atual, embora a cheia deste ano não seja a maior da história, ela tem gerado impactos significativos, especialmente por ocorrer logo após uma vazante recorde. “Essa alternância extrema ressalta a necessidade de seguirmos investindo em pesquisa, monitoramento e inovação na região. É um desafio contínuo, que exige adaptação e comprometimento diário”, informou.

Divulgação/SGB

De acordo com o alerta, a previsão é que o rio Negro atinja 28,84 metros em Manaus, com uma margem de variação entre 28,56 m e 29,16 m. A probabilidade de alcançar a cota de inundação severa, que é de 29 metros, é de 35%. Já a chance de superar o recorde histórico de 30,02 metros, registrado em 2021, é inferior a 1%.

Divulgação/SGB

Em Manacapuru, a situação demanda mais atenção. O rio Solimões pode chegar a 19,67 metros, com variação entre 19,41 m e 19,94 m. Segundo o SGB, há 65% de chance de o nível do rio atingir a cota de inundação severa, que é de 19,60 m. No entanto, a possibilidade de superar o recorde histórico de 20,86 metros também é inferior a 1%.

Divulgação/SGB

Para Itacoatiara, no rio Amazonas, a previsão é de que o nível chegue a 14,45 metros, podendo variar entre 14,36 m e 14,59 m. A cota de inundação severa, que é de 14,20 m, já foi ultrapassada, mas a chance de bater o recorde de 15,20 metros, registrado em 2021, permanece abaixo de 1%.

Divulgação/SGB

Em Parintins, a expectativa é de que o rio Amazonas atinja 8,58 metros, dentro de um intervalo entre 8,53 m e 8,67 m. A probabilidade de ocorrer uma inundação severa, que exige um nível de 9,30 metros, é inferior a 1%, assim como a chance de superar o recorde de 9,47 metros.

Monitoramento de cheias no Amazonas

O monitoramento faz parte do Sistema de Alerta Hidrológico do Amazonas, desenvolvido pelo SGB desde 1989. O objetivo é acompanhar o comportamento das cheias e vazantes na região, contribuindo para que autoridades e a população possam se preparar para possíveis impactos.

Além disso, trabalha em parceria com o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), responsáveis pelas previsões climáticas. Paralelamente, as defesas civis estadual e municipais formulam estratégias preventivas.

O evento de divulgação das previsões foi realizado presencialmente e transmitido pelo canal do SGB no YouTube, reunindo representantes de órgãos públicos, imprensa e sociedade civil.


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