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Amazonas

Sem salários, trabalhadores da saúde anunciam greve no Amazonas

Após assembleia, enfermeiros promoveram uma manifestação contra o governo estadual e fecharam a Avenida Tefé, por cerca de 40 minutos, causando problemas ao trânsito.

Os técnicos de enfermagem terceirizados das unidades de saúde do Estado que estão há seis meses sem receber salários informaram que vão parar suas atividades a partir de segunda-feira. Em reunião, na tarde desta quarta-feira, na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Serviço de Saúde do Amazonas (Sindipriv-AM), no bairro Raiz, em Manaus, eles votaram por não aceitar a proposta do governo.

Segundo o sindicato, o governo propôs pagar dois meses de salários atrasados e a primeira parcela do 13º salário no dia 20 de novembro e pagar mais dois meses atrasados e e a segunda parcela do 13º salário no dia 20 de dezembro. Os técnicos com salários atrasados representam 80% da mão de obras dos hospitais, maternidades e pronto-socorros e outras unidades do Estado.

Nem a chuva da tarde, em Manaus, impediu que centenas de trabalhadores se reunissem no sindicato. Por unanimidade os enfermeiros decidiram pela greve por tempo indeterminado. Após a decisão, eles promoveram uma manifestação contra o governo estadual e fecharam a Avenida Tefé por cerca de 40 minutos, causando problemas ao trânsito.

Assembleia

Os deputados de oposição da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE), Wilker Barreto (Podemos) e Dermilson Chagas (PP), estiveram reunidos, no final da manhã desta quarta-feira (13), no Ministério Público (MP-AM), com os promotores Antônio José, Silvana Nobre, Cláudia Câmara e Kátia Maria para tentar encontrar uma solução para o pagamento dos salários atrasados dos enfermeiros e evitar a greve. O encontro teve a participação da presidente do Sindipriv-AM, Graciete Mouzinho.

“Estamos aqui fazendo um apelo de socorro e deixar claro para o MP que se a saúde parar, vai morrer gente”, disse Wilker.

Dermilson Chagas lembrou que o governo vai ter uma arrecadação recorde, mas não faz planejamento dos gastos.

Para Graziete Mouzinho, o clima entre os trabalhadores já está insustentável.

“Eles são ameaçados, coagidos. São verdadeiros zumbis. Trabalham sem alimentação, sem vale-transporte e se não forem trabalhar são demitidos”, disse Graziete Mouzinho. “Nós tentamos várias vezes negociar, mas fomos ignorados como se fôssemos invisíveis. Foram muitas manifestações, muitas humilhações, embaixo de sol e chuva nós estávamos lá. É humilhante você trabalhar e não receber. Hoje, os trabalhadores não aguentaram mais e estão dispostos a dar um basta nesta escravidão”, acrescentou.

“Nós enquanto Ministério Público defendemos a tutela coletiva e vamos trabalhar para garantir a continuidade dos serviços. E a nossa ação vai ser nesse sentido e vamos atuar da melhor maneira”, afirmou a promotora Silvana Nobre.


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