Amazonas
Perícia constata defeito em guindaste que quebrou e deixou mais de 20 feridos no Amazonas
Após acidente, 24º Festival de Cirandas de Manacapuru não terá título de campeão. O acidente aconteceu na noite de domingo (28) e deixou mais de 20 feridos.
O Departamento de Polícia Técnico-Científica do Amazonas (DPTC-AM) está investigando o guindaste que envergou e fez uma alegoria despencar durante apresentação no Festival de Cirandas de Manacapuru, na noite deste domingo (28). O acidente deixou 23 feridos.
De acordo com a diretora do DPTC, Margarete Vidal, foi constatado uma deformidade na estrutura do guindaste, mas ainda não é possível esclarecer a causa do acidente. O parecer definitivo sobre o que causou o acidente deve sair em 10 a 15 dias.
“O que podemos afirmar no momento é que houve uma deformidade da extremidade do guindaste que segurava aquela estrutura que caiu. Diante do que for encontrado hoje talvez seja necessário agregar mais peritos”, disse Margarete.
De acordo com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Orleilso Muniz, as primeiras remoções de vítimas graves para hospitais de Manaus foram realizadas poucas horas após o acidente, que envolveu um guindaste que carregava uma alegoria a 12 metros de altura com dançarinos da ciranda Flor Matizada e trabalhadores que operavam o equipamento.
“Por volta de 22h30, o incidente ocorreu na terceira noite e as nossas equipes de socorro que estavam na arena, de imediato, fizeram a retirada de todas as pessoas que estavam naquela alegoria. Foi feita a estabilização imediata nas nossas unidades de resgate e na ambulância que estava lá e foram deslocadas ao hospital”, destacou Muniz.
Vítimas internadas em unidades de saúde do estado:
HPS João Lúcio: 8
HPS Platão Araújo: 2
HPS 28 de Agosto: 5
Rede privada: 1
HPS Lázaro Reis (Manacapuru): 7
O acidente
A alegoria que despencou estava suspensa por um guindaste. Em um vídeo do momento, é possível ver quando a ponta do guindaste enverga, levando a alegoria ao chão.
Também é possível observar que a estrutura caiu porque o cabo que segurava a alegoria acabou descendo depois que a ponta do guindaste envergou. Cirandeiros, como são chamados os brincantes do festival, se apresentavam na arena Parque do Ingá, em Manacapuru, quando o acidente aconteceu.
Os feridos estavam dentro da alegoria, que pertencia à Ciranda Flor Matizada, responsável por fechar as apresentações deste ano.
Feridos
Em nota divulgada nesta segunda-feira (29), o Governo do Amazonas confirmou 23 o número de feridos.
Cerca de 17 vítimas foram transferidas para Manaus. As pessoas feridas têm entre 18 e 42 anos de idade. Seis pessoas estão em estado grave.
Festival de Cirandas
O Festival de Cirandas e Manacapuru ocorre anualmente na cidade de mesmo nome. Três agremiações – Flor Matizada, Guerreiros Mura e Tradicional – se apresentam e disputam o título de ciranda campeã.
É considerado o segundo maior festival folclórico do Amazonas. O primeiro é o Festival de Parintins. Por causa da pandemia da Covid-19, o evento estava suspenso há dois anos.
Estado de saúde
Seis vítimas do acidente com um guindaste e uma alegoria durante o Festival de Cirandas de Manacapuru estão em estado grave, segundo informações do Governo do Estado. O acidente aconteceu na noite de domingo (28) e deixou mais de 20 feridos. Conforme o governo, 17 vítimas foram transferidas para Manaus.
As vítimas estavam em uma alegoria que despencou de uma altura de aproximadamente 10 metros. Vídeos mostram o momento do acidente.
A alegoria que despencou estava suspensa por um guindaste. Em um dos vídeos, é possível ver quando a ponta do guindaste enverga, levando a alegoria ao chão. Também é possível observar que a estrutura caiu porque o cabo que segurava a alegoria acabou descendo depois que a ponta do guindaste envergou.
Em nota divulgada nesta segunda-feira (29), o Governo do Amazonas confirmou o número de feridos que, no total, somam 23.
De acordo com o Governo do Estado, logo após o acidente, as 23 vítimas foram encaminhadas para atendimento no Hospital de Manacapuru com algum tipo de lesão.
Todas as vítimas são brincantes da ciranda Flor Matizada e estavam na alegoria que despencou durante o espetáculo.
Conforme o governo estadual, as pessoas feridas têm entre 18 e 42 anos de idade.
O governo afirmou que enviou dez ambulâncias, ao longo da noite de domingo e madrugada desta segunda-feira, para transferência de vítimas para a capital. “Até as 9h da manhã desta segunda-feira (29), a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) coordenou a transferência de 17 vítimas para Manaus”, informa a nota.
Em Manaus, as vítimas deram entrada nos hospitais 28 de Agosto, João Lúcio e Platão Araújo. “Seis pacientes são considerados graves”, conclui a nota do governo.
Festival sem campeão
Após o acidente que deixou 23 integrantes da Ciranda Flor Matizada feridos no último domingo (28), a Comissão Organizadora e a Comissão Julgadora do Festival de Cirandas de Manacapuru decidiram, na tarde desta segunda-feira (29), que a 24ª edição do evento não terá o título de campeão, deixando de assumir o âmbito competitivo.
As notas dos jurados da apresentação da Ciranda Guerreiros Mura da sexta-feira (26), Ciranda Tradicional do sábado (27), além da Ciranda Flor Matizada, foram incineradas no 9° Batalhão de Polícia Militar, em Manacapuru.
A decisão desfaz ainda o título de honra previsto para a Tradicional, que não conseguiu concluir a apresentação que foi interrompida após forte chuva.
Em documento, a Comissão de Jurados e a Comissão Organizadora do festival presta os profundos sentimentos e demonstração de respeito à comunidade artística da região.
Perícia
O Departamento de Polícia Técnico-Científica do Amazonas (DPTC-AM) está investigando as causas do acidente que deixou 23 feridos no Festival de Cirandas de Manacapuru.
De acordo com a diretora do DPTC, Margarete Vidal, foi constatado uma deformidade na estrutura do guindaste, mas ainda não é possível esclarecer a causa do acidente. O parecer definitivo sobre o que causou o acidente deve sair em 10 a 15 dias.
“O que podemos afirmar no momento é que houve uma deformidade da extremidade do guindaste que segurava aquela estrutura que caiu. Diante do que for encontrado hoje talvez seja necessário agregar mais peritos”, disse Margarete.
As informações são do G1.
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