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Amazonas

Secretário do RJ diz que recebeu pacientes de Manaus com surpresa: ‘Nenhuma notificação’

Dezessete pacientes com Covid-19 chegaram ao Rio de Janeiro na noite de quinta-feira (4) para receberem tratamento no Hospital Federal do Andaraí. O G1 tenta contato com o Ministério da Saúde.

O secretário estadual de Saúde do Rio, Carlos Alberto Chaves, afirmou nesta sexta-feira (5) que a chegada de pacientes com Covid-19 vindos de Manaus foi uma surpresa. Apesar do Ministério da Saúde ter informado que a transferência foi realizada após um consenso, Chaves negou a afirmação. As informações são do G1 Rio.

“Não, não tive nenhuma notificação. Soubemos às 21h que iam chegar 1h30, foi isso que eu soube. O Daniel Soranz [secretário Municipal de Saúde] me ligou e perguntou ‘Chaves, está sabendo disso?’. Eu disse: ‘O que?’, afirmou o secretário estadual de Saúde do RJ.
O G1 tenta contato com o Ministério da Saúde.

Ainda de acordo com o gestor da Saúde fluminense, nem mesmo o diretor do Hospital Federal do Andaraí, na Zona Norte do Rio, foi notificado sobre a chegada dos pacientes.

“Inclusive, no nosso relatório da Vigilância [Sanitária], que foi extenso, está dizendo que nem o próprio diretor sabia”, concluiu Chaves.

Chegada de pacientes

Mais 17 pacientes com Covid-19 chegaram ao Rio de Janeiro na noite de quinta-feira (4) para receberem tratamento no Hospital Federal do Andaraí.

Eles chegaram em um avião da Força Aérea Brasileira na Base Aérea do Galeão. De lá, foram transferidos de ambulância até o hospital.

Este é o segundo grupo de pacientes vindos de Manaus a chegar à capital fluminense para tratamento.

Eles chegaram na noite de quinta-feita (4) e estão no Hospital do Andaraí, para continuar o tratamento da doença no Rio.

As transferências ocorrem em meio ao colapso do sistema de saúde amazonense, após recorde das internações por Covid-19 e com uma nova variante do coronavírus circulando no estado.

Hospitais do estado ficaram sem oxigênios para pacientes. O G1 registrou cenas de médicos transportando cilindros nos próprios carros para levar ao hospital e familiares tentando comprar o insumo. Cemitérios estão lotados e instalaram câmaras frigoríficas.


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