Rio Negro em Manaus mantém o mesmo nível há dois dias e indica início da vazante

O nível da água do rio Negro, em Manaus, parou de subir e se mantém estável há dois dias, de acordo com o Poro de Manaus. Nesta terça-feira (18/06), a cota do rio se manteve em 26,85 metros, 1,43 metro abaixo da cota registrada na mesma data do ano passado (28,28metros), quando houve a maior vazante da história e o Negro, na capital do Amazonas, chegou à cota mínima de 12,7 metros, no dia 26 de outubro.

O governo federal montou uma “sala de crise” para se antecipar ao enfrentamento de incêndios no Pantanal e seca na Amazônia no período crítico que começa em julho. “Trata-se de fazer a gestão do risco preventivo, sobretudo para o Pantanal e a Amazônia”, adiantou ao Valor Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, fez um alerta nesta quarta-feira (05/06) para a probabilidade de uma estiagem severa no Pantanal e na Amazônia neste ano, com um “fenômeno terrível” de incêndios e queimadas como consequência.

Segundo a Defesa Civil do Amazonas, a população pode se antecipar às consequências da estiagem fazendo estoque de água, alimentos e medicamentos para enfrentar o período crítico. O pico da vazante deve começar em outubro, no Rio Solimões, Negro e Amazonas. De acordo com Francisco Máximo, secretário do órgão, o poder público também vai disponibilizar locais para receber as famílias que precisarem deixar suas casas por causa dos isolamento consequência da estiagem.

Os rios Solimões, Amazonas, Negro e Madeira apresentaram vazantes em estações hidrológicas de Tabatinga, São Gabriel da Cachoeira, Parintins e Itacoatiara, Porto Velho (RO), Rio Branco (RR), Óbidos e Santarém (PA), na última semana. Os dados são do 24º Boletim de Alerta Hidrológico da Bacia do Amazonas, do Serviço Geológico do Brasil (SGB), divulgado na última sexta-feira (16/06).

Boletim diz que o rio Negro apresentou certa em estabilidade no processo de subida em São Gabriel da Cachoeira, já nas estações de Tapuruquara (Novao Airão) e Barcelos, apontou elevações, mas com menor intensidade na última semana.