Rio Negro baixa 1 centímetro e indica início da vazante de 2024, aponta medição do Porto de Manaus

O nível do rio Negro, em Manaus baixou 1 centímetro (cm) no último domingo (23/06) e manteve a cota de 26,84 metros nesta segunda-feira (23/06), de acordo com a medição do Porto de Manaus. A redução na cota é a primeira do ano e indica o início da vazante em 2024, se não houver o repiquete, fenômeno de rápida retomada do processo de enchente, antes do início definitivo do processo de descida.

Nesta segunda-feira, a cota do Negro em Manaus está 1,35 metro abaixo da registrada na mesma data do ano passado, de 28,19 metros, quando houve a maior vazante registrada.

De acordo com o 25º Boletim de Alerta Hidrológico da Bacia do Amazonas, divulgado na última sexta-feira pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), o rio Branco, um dos maiores afluentes do Negro, apresentou descidas na semana, onde as estações de Boa Vista e Caracaraí, em Rortaima, voltaram a registrar níveis dentro da faixa da normalidade para o período.

Na semana passada, segundo o Boletim, o rio Negro subiu em São Gabriel da Cachoeira e Barcelos nos últimos dias, mas em Tapuruquara apontou certa estabilidade. Em Manaus, o Negro encontra-se com níveis estáveis, registrando a cota de 26,85 m durante a semana, indicando o intervalo atual como ápice da cheia deste ano.

O rio Solimões, segundo o SGB, iniciou a recessão em Tabatinga, onde ocorre descidas diárias na ordem de 22 cm. Em Fonte Boa, o Solimões também está descendo, uma média diária de 8 cm. Na região mais a jusante, o rio apresentou certa estabilidade ao longo da semana, iniciando os declínios em Itapéua e parando as subidas em Manacapuru.

O rio Acre em Rio Branco apontou certa estabilidade no processo de recessão e Beruri no rio Purus está iniciando a fase de descidas e apresenta níveis abaixo da normalidade para a época.

O rio Madeira continua em recessão em Porto Velho, contudo no registro mais recente
apresentou recuperação, mas os níveis ainda estão abaixo do intervalo da normalidade para o período.

No rio Amazonas, na semana passada, as estações de Itacoatiara, Parintins e Óbidos iniciaram a fase de descidas, mas apresenta certa estabilidade no Careiro da Várzea e Almeirim. Em Santarém, o rio também acompanha o processo inicial de recessão.