Amazonas
Ranking da Aneel mostra que o Amazonas tem a 6ª energia mais cara do país; Pará lidera lista
De acordo com a Aneel, o Pará tem um dos maiores índices de perda de energia do país, seja por motivos técnicos ou furto.
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O estado do Amazonas está em sexto lugar na lista das maiores tarifas residenciais de energia elétrica do país, de acordo com o ranking da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). A lista mostra que , mesmo sem reajuste previsto para o ano de 2023, os valores cobrados pela concessionária Amazonas Energia, R$ 0,84 por KWh, ficam abaixo dos estados do Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Alagoas. O Pará lidera a lista da tarifa mais cara do Brasil, conforme ranking publicado pelo site Poder 360.
Os consumidores do Pará passaram a ter a maior tarifa residencial de energia elétrica do país. Um reajuste médio de 11% nas tarifas da distribuidora local, a Equatorial PA, entrou em vigor na última semana, o que fez o preço da energia consumida por kWh (quilowatt-hora) passar para R$ 0,96, sem contar impostos a taxa de iluminação pública. A média nacional é de R$ 0,72 por KWh.
A Equatorial Pará, que assumiu a antiga Celpa em 2012, atende a 2,9 milhões de unidades consumidoras no Estado. Antes do reajuste, ocupava o 4º lugar no ranking do custo da energia. Agora, superou a Enel Rio, que atende 66 cidades do interior fluminense. Os dados são da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e contabilizam os reajustes até 2ª feira (21.ago.2023).
A discussão sobre a revisão tarifária no Pará foi acalorada. No início, a proposta da Aneel era de um aumento que beirava os 16%. Depois de reclamações do governo, congressistas e entidades locais, o percentual de alta ficou em 11%, na média. O Estado tem um dos maiores índices de perda de energia do país, seja por motivos técnicos ou furto. Isso pesou no aumento. A Enel Rio, agora em 2º lugar, também contabiliza altas perdas.
No caso da Pará, a distribuição de energia ainda tem o desafio de atender áreas distantes com uma pequena concentração de consumidores. São atendidos todos os 144 municípios paraenses, que somam uma área de 1.248 mil km², cerca de 14,7% do território brasileiro. Com isso, a distribuidora atende a uma média de 17 consumidores por km². Isso impacta os custos de distribuição.
“Por ser um Estado continental, a logística e os custos para operação, manutenção e expansão da rede elétrica são muito mais altos e desafiadores que nos outros Estados. Além disso, com uma densidade demográfica muito abaixo da média nacional e com cargas predominantemente residenciais, a divisão dos custos resulta em uma parcela maior para cada consumidor, quando se compara a concessões com cargas maiores e mais concentradas”, afirmou a Equatorial PA em nota enviada ao Poder360.
Por causa dos índices de pobreza e do alto custo de energia, a inadimplência no Pará é alta, o que também acarreta custos para a distribuidora. Atualmente, 77% dos consumidores residenciais estão na Tarifa Social, com subsídio suportado pela CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), rateada entre todos os brasileiros por meio da conta de luz.
Também pesa no Estado o alto percentual de consumidores que migrou para o mercado livre de energia (22%), o que, no modelo atual, faz com que os custos da rede sejam divididos entre menos clientes.
As tarifas mais baratas
Na outra ponta do ranking, está a Energisa Borborema (PB), com preço de R$ 0,54 por kWh. A empresa atende a 229 mil unidades consumidoras na região do agreste da Paraíba, com sede na cidade de Campina Grande (PB).
Na sequência aparecem concessionárias da região Sul, sobretudo do Paraná e Santa Catarina. As companhias que atendem menos consumidores se destacam. Segundo especialistas, por contarem com redes menores e menos complexas, a manutenção é mais simples e barata.
A diferença da tarifa por kWh da Equatorial PA para a Energisa Borborema é de R$ 0,42. Ou seja, os consumidores no Pará pagam até 77,8% a mais pela energia do que os do agreste paraibano. Se considerarmos o consumo médio de 150 kWh, a conta de luz ficaria assim:
Equatorial PA – R$ 144, antes de impostos e taxas;
Média nacional – R$ 108, antes de impostos e taxas;
Energisa Borborema (PB) – R$ 80,40, antes de impostos e taxas.
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