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Amazonas

Qualidade do ar amanhece ‘muito ruim’ em Manaus no domingo Dia dos Pais, aponta AppSelva

Em julho, o desmatamento na Amazônia brasileira aumentou em relação ao ano anterior pela primeira vez em 15 meses, de acordo com dados preliminares do Inpe divulgados esta semana.

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A qualidade do ar em Manaus, neste domingo Dia dos Pais amanheceu ‘muito ruim’, de acordo com Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (AppSelva), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que estabeleceu pontos de monitoramento na cidade e em municípios do interior do Amazonas.

A fumaça tomou conta da maior parte das zonas da cidade, em consequência das queimadas no Sul do Estado e a inversão térmica causada pelas baixa temperaturas no Sul do País. Brigadas combatem chamas em meio a pior início de temporada de incêndios na Amazônia em 20 anos na região do município de Apuí, às margens da Rodovia Transamazônica.

Os incêndios que atingem Apuí e outras cidades da Amazônia geralmente começam em fazendas de gado onde os produtores estão convertendo a mata em pasto. As condições extremamente secas do ano passado facilitaram o avanço das chamas na floresta tropical, que raramente queima em condições normais.

“A maneira como o clima está mudando, ficando mais seco e mais quente, ano após ano estamos vendo o fogo entrar mais profundamente na floresta virgem”, disse Domingos da Silva Araújo, chefe local da brigada Prevfogo, do governo federal, que combate incêndios florestais em torno de Apuí. A área é uma caixa de fumaça depois de mais de um mês sem uma gota de chuva, disse ele.

A área queimada na Amazônia brasileira quase dobrou nos primeiros sete meses de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo a maior área desde 2004, de acordo com dados de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os incêndios consumiram uma área de 26.246 quilômetros quadrados no período — aproximadamente o tamanho de Ruanda, na África.

Os incêndios na Amazônia normalmente atingem o pico em agosto e setembro, antes da chegada das chuvas sazonais. As chuvas do ano passado chegaram tarde e foram mais fracas do que o normal devido ao fenômeno climático El Niño, que foi agravado pela mudança climática, dizem os cientistas, deixando a floresta tropical especialmente vulnerável aos incêndios deste ano.

Em julho, o desmatamento na Amazônia brasileira aumentou em relação ao ano anterior pela primeira vez em 15 meses, de acordo com dados preliminares do Inpe divulgados esta semana. O governo enfatizou que o desmatamento ainda está 27% menor no ano até o momento, em comparação com os primeiros sete meses de 2023.


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