Amazonas
Professor do Amazonas desenvolve farinha de mandioca saudável para diabéticos e celíacos
Ingredientes adicionados à farinha de mandioca aumentam o valor nutricional do alimento e permitem o consumo por diferentes públicos.
A farinha do Uarini, acompanhamento quase indispensável em pratos da culinária amazonense, ganhou novas versões para atender pessoas com restrições alimentares como diabéticos e celíacos. O produto desenvolvido pelo agricultor, professor e empresário, Jhony Azevedo, teve o acompanhamento de pesquisadores do Instituto Nacional da Amazônia (Inpa) para atender às normas de comercialização.
Azevedo, morador da cidade de Uarini, a cerca de 600 quilômetros de Manaus, começou em 2015 a desenvolver opções de farinha com outros sabores, acrescentando ingredientes como alho, cúrcuma, cebola, pimenta, entre outros. A versão saudável foi enriquecida com farinha de maracujá para diminuir o índice glicêmico do alimento sem tirar o gosto tradicional da farinha.
O agricultor explicou o processo de fabricação da farinha ovinha, que é totalmente sustentável, e ressaltou a importância da valorização dos agricultores de Uarini, região conhecida pela qualidade da farinha que é produzida na cidade referência pelo cultivo dos derivados da mandioca.
O pesquisador titular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) em ecologia e manejo florestal Gil Vieira, cliente de Azevedo, reforçou a ideia de adicionar novos ingredientes à farinha, enriquecendo o valor nutricional do alimento e permitindo o consumo por diferentes públicos. Além de Gil Vieira, outro pesquisador do Inpa, Rogério de Jesus, também participou dos estudos para desenvolver a versão saudável da farinha do Uarini.
“Aos 50 anos descobri que tinha diabetes, e a farinha é rica em carboidrato, então tinha que dosar. Eu conhecia e já consumia farinha do maracujá, que ela diminui o índice glicêmico da refeição, então foi aí que surgiu a ideia”, relatou Gil, especialista em ecologia e manejo florestal, em entrevista à Rede Amazônica.
“A farinha que tem cúrcuma, antioxidante, vai ajudar as pessoas a ter uma saúde melhor. A farinha com casca do maracujá, que tem peptina, ela vai captar o excesso de açúcar que você tá comendo, e os diabéticos não vão ter tanta quantidade de açúcar sendo consumida ali na alimentação”, explicou.
Segundo o pesquisador, a partir da nova versão da farinha, a produção do alimento saltou de 100 quilos por semana, para 1.000 quilos semanais.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.
Faça um comentário