Amazonas
Produção de motos em Manaus tem melhor setembro em 11 anos, diz Abraciclo
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o crescimento foi de 2,7%.
A indústria de motos teve no mês passado a melhor produção para um mês de setembro dos últimos 11 anos, com 144,1 mil motocicletas fabricadas no polo industrial de Manaus (AM). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o crescimento foi de 2,7%, conforme balanço divulgado nesta quinta-feira (10/10), pela Abraciclo, associação que representa o setor.
Embora a severa estiagem dificulte o transporte de cargas pelo rio Amazonas, as fábricas se prepararam desta vez, reforçando estoques de peças e acelerando a produção antes do inicio do calendário de seca. No ano passado, a intensidade e duração da seca surpreenderam, levando a paradas de linhas por falta de peças, uma vez que não havia condições de navegabilidade para preservar o fluxo de abastecimento pelo porto de Manaus.
“A indústria sofreu muito no ano passado, e em razão deste sofrimento, nós nos preparamos ainda mais em planejamento e antecipação”, comentou o presidente da Abraciclo, Marcos Bento, em apresentação à imprensa dos resultados de setembro. “Não estamos imunes à seca, mas houve uma antecipação de planejamento e estoque, uma antecipação logística, para seguir o plano de produção”, reforçou.
O uso de um porto temporário em Itacoatiara também ajudou a manter a operação, enquanto as fábricas aguardam a dragagem do rio. O aumento do custo logístico, no entanto, já é uma realidade, disse Bento.
Na comparação com agosto, mês com um dia útil a mais e quando as montadoras corriam para assegurar a oferta, setembro mostrou queda de 12,2% na produção. O resultado do ano, porém, segue positivo, com 1,32 milhão de motocicletas produzidas desde janeiro, crescimento de 11% frente aos nove primeiros meses do ano passado. De acordo com a Abraciclo, este é o melhor resultado entre iguais períodos desde 2012.
A Abraciclo revisou para cima as previsões ao desempenho do setor neste ano. A expectativa de crescimento da produção subiu de 7,4% – projeção anunciada em janeiro – para 9,3%, chegando, assim, a 1,72 milhão de motos.
Desde a pandemia, o setor mostra expansão consistente, em razão do crescimento dos serviços de entrega (delivery). A migração do consumo para veículos mais baratos e econômicos nos gastos com combustível, seguida, agora, pela maior oferta de crédito, também ajudou a indústria a renovar máximas em doze anos.
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