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Amazonas

Procurador-geral diz que secretário de Segurança do Amazonas é um dos alvos da operação deflagrada pelo MP e PF

Um pessoa foi presa em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. De acordo com o site BNC Amazonas, foi o próprio secretário de Segurança, que pagou fiança e foi solto.

Foto: Nonato Rodrigues

O procurador-geral de Justiça do Amazonas, Alberto Nascimento Rodrigues, informou, durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (29/08), que um dos alvos da Operação Comboio é o atual secretário de Segurança Pública do Estado do Amazonas, general Carlos Alberto Mansur. A operação foi desencadeada hoje em Manaus, Apuí (AM) e São Paulo com o objetivo de desarticular organização criminosa que utilizava a estrutura da SSP para cometer crimes como corrupção,peculato e lavagem de dinheiro.

O general Carlos Alberto Mansur, secretário de Estado da Segurança Pública (SSP-AM), recebeu voz de prisão da Operação Comboio, por porte ilegal de arma de fogo, de acordo com o site BNC Amazonas. Mas pagou fiança e foi libertado.

A operação foi deflgrada no curso das investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Amazonas (Gaeco-AM) contra uma organização criminosa que atuava dentro da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM).

Os criminosos se apropriavam de roubos de carregamentos, entre eles ouro e pedras minerais. Além disso, extorquiam os criminosos.

“Por óbvio, se há o pedido do procurador-geral de Justiça e na hora que o procurador-geral de Justiça assume essa responsabilidade, e quando há uma autoridade com prerrogativa de foro. então, se há uma prerrogativa de foro, a quem cabe investigar secretário, prefeitos, deputado estadual, juízes, promotores, é o procurador-geral de Justiça. É por óbvio que se o procurador-geral está à frente é porque há envolvimento com prerrogativa de foro, e esse alguém é o secretário de Segurança”, disse o procurador-geral Alberto Nascimento Rodrigues.

Segundo a Polícia Federal, uma pessoa foi presa em flagrante por posse ilegal de arma e foi conduzida para a sede da Superintendência da Polícia Federal, zona centro-oeste de Manaus. A operação cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em 16 alvos, entre eles membros da alta cúpula da Secretaria de Segurança, como informou o MP.  Entre os membros, o MP aponta a participação de oficiais da Polícia Militar e policiais civis.

Ainda de acordo com o MP, a organização criminosa se utilizava de informações privilegiadas para extorquir facções criminosas no estado. Carros oficiais da SSP eram usados para o cometimento de crimes, segundo o Ministério Público.

Há a suspeita de um posto de gasolina ter sido utilizado na lavagem de dinheiro. De acordo com o coordenador do promotor de Justiça Igor Starling Peixoto, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime, Organizado (Gaeco),uma empresa estaria recebendo o pagamento sem entregar o produto.

Além da prisão em flagrante, mais três casos estavam sendo analisados na manhã desta terça-feira na sede da PF,em Manaus. Ainda segundo o MP, dois gabinetes da alta cúpula da Secretaria de Segurança foram alvos de busca e apreensão nesta terça-feira.

O MP descartou cumprimento de mandado de prisão durante a Operação Comboio. Mais detalhes da operação não foram repassados, pois segundo o MP, é para não atrapalhar as investigações.

A operação é para investigar possíveis irregularidades na Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Nota

O Governo do Amazonas informa que está acompanhando os trabalhos do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público do Estado e Polícia Federal e está colaborando com as investigações. O Governo do Estado reforça que não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta dos seus servidores e que todas as providências necessárias serão tomadas.


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