Amazonas
Polícia Federal prende em Manaus o último alvo de operação contra garimpo ilegal no rio Abacaxis, no Amazonas
O sexto investigado encontrava-se escondido nas proximidades da região do rio Abacaxis e foi capturado na capital.
A Polícia Federal (PF) informou que realizou a prisão, na tarde da terça-feira (19/03), do último alvo da Operação Déjà Vu, que visa reprimir crimes contra usurpação de bem público da União, decorrentes do garimpo ilegal na região conhecida como Filão dos Abacaxis, sul do município do Maués (AM). O nome do preso não foi informado.
O investigado preso era peça fundamental para o desfecho da Operação, uma vez que era um dos líderes da organização criminosa que atuava no local do crime, considerado um dos maiores pontos de garimpo da América Latina.
Em abril do ano passado (2023), a PF deflagrou a Operação Déjà Vu, para reprimir crimes contra usurpação de bem público da União, decorrentes do garimpo ilegal, em Maués.
Ao todo, estão sendo cumpridos, por 46 policiais federais, 6 mandados de prisão temporária e dez ordens judiciais de busca e apreensão expedidas pela 7ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Amazonas, nas cidades de Manaus e Nova Olinda do Norte, no Amazonas, Goiânia (GO), Itaituba (PA) e Campo Grande (MS).
Foi determinada a destruição do garimpo ilegal o qual foi devidamente realizado com o auxílio do Instituto Chico Mendes – ICMBio e policiais da Força Nacional.
Além dos mandados, foi determinado o bloqueio de bens e valores das pessoas físicas e jurídicas investigadas, tal como o sequestro de bens móveis e imóveis que, eventualmente, estejam em sua posse.
As investigações tiveram início através de denúncias de moradores de poluição das águas e morte de peixes e demais animais que servem de alimentação para comunidade local.
Constatou-se através de laudo pericial um sofisticado esquema de lavagem de capitais com o uso de Permissões de Lavra Garimpeira (PLGs) sem nenhuma ou com pouca intervenção humana, atividade conhecida como esquentamento do ouro.
Conforme análise do laudo pericial, o garimpo em questão se utiliza de cianeto, material altamente tóxico, e causados de dano ambiental.
O nome da operação é uma alusão à reiteração da conduta no mesmo local e pelos mesmos alvos que foram presos na Operação da Polícia Federal que ficou conhecida como Operação Filão dos Abacaxis em 2015.
Os crimes em apuração vão desde Crime de usurpação de bem público da União, Crime ambiental de extração de bem mineral sem autorização do órgão responsável, Crime ambiental de utilização de substância perigosa ou nociva à saúde ou meio ambiente (mercúrio/cianeto), Associação Criminosa Armada, Lavagem de capitais, submeter alguém a trabalho escravo, ou a condição análoga, cujas penas máximas somadas ultrapassam 30 anos de prisão.
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