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Amazonas

Hospital do governo do Amazonas não tem anestesista para exame em mulher de 102 anos, denuncia familiar

Idosa ficou quase três dias internada em SPA sem alimentação especial e tem suspeita de AVC; agora espera por uma tomografia

Hospital Platão Araújo é uma das unidades de emergência e urgência da Zona Leste de Manaus – Foto: Rodrigo Santos

A saga dos familiares da aposentada Maria da Silva Reis, de 102 anos, em busca de atendimento nas unidades de saúde do governo do Amazonas permanece. Ela estava internada no Serviço de Pronto Atendimento do bairro Galileia, em Manaus, sem alimentação especial, desde o último domingo (30/01), mas consegui ser transferida para o Hospital Dr. Platão Araújo, na zona leste da cidade, por volta das 23h de ontem (01/02), mas até a manhã de hoje não conseguiu fazer um exame, por falta de anestesia, segundo a neta dela, Aline Andrade da Silva.

Aline disse que a paciente permanece há quatro dias sem fazer o exame tomográfico para identificar se realmente teve um AVC (Acidente Vascular Cerebral). “Não tem anestesista no Platão para dar anestesia na minha avó para ela realizar a tomografia. Ela não consegue fazer o exame, não sabemos o que aconteceu com ela, e não temos como irmos para casa. Ela precisa de uma anestesia geral para poder fazer a tomografia, já que ela não tem mais consciência e não fica quieta”, afirmou.

Internação

Maria da Silva Reis deu entrada na rede pública de saúde no último domingo (30/01), com suspeita de ter sofrido um AVC. Ela ficou até ontem à noite no leito 9, da enfermaria do Serviço de Pronto Atendimento Eliameme Mady (SPA do Galileia), Zona Norte de Manaus, à espera de uma transferência para um hospital público de grande porte.

Segundo Aline, a avó ficou todo esse tempo sem a alimentação especial realizada por uma sonda nasogástrica, porque o SPA não tinha a dieta enteral e tampouco um nutricionista para receitar a alimentação para ser providenciada de forma privada.

“Ela passou mal no domingo e deu entrada no SPA. Ela precisa ser transferida para o (Hospital) Platão Araújo, João Lúcio ou 28 de Agosto. Ela passou a se alimentar por uma sonda, inseriram nela, mas o hospital não tem essa alimentação e nem nutricionista para passar alimentação para ela. Se tivesse nutricionista, a gente iria dar um jeito de comprar a alimentação fora”, informou.


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