PF prende em Manaus homem acusado de produzir vídeos de sexo com crianças

A Polícia Federal (PF) informou que deflagrou na manhã desta quarta-feira (07/08), em Manaus (AM), a Operação Bogeyman, que investiga o armazenamento e distribuição de conteúdo de abuso sexual infantil na dark web. Um mandado de prisão preventiva e um de busca e apreensão contra um suspeito foram cumpridos. A PF não informou o nome do preso.

Segundo a PF, as investigações começaram em 2023, depois que foram apreendidos materiais contendo crimes contra os menores em fóruns da internet, com um dos administradores de comunidade on-line.

De acordo com a PF, o preso cometeu pelo menos 16 crimes de estupro de vulnerável. Das nove vítimas, quatro foram identificadas e todas têm parentesco com o preso. Segundo a PF, no fórum o homem divulgava tutoriais sobre como cometer o abuso contra crianças.

No local da prisão, foram encontradas três crianças e o Conselho Tutelar, que acompanhou a operação, realizou a identificação de todos eles. O preso, que já está à disposição da Justça, deve ser indiciado pelos crimes de estupro de vulnerável, produção e distribuição de material de abuso sexual infantil.

Segundo a PF, as crianças eram familiares do acusado e costumavam frequentar a casa dele, momento que ele aproveitava para fazer fotos e vídeos com elas. De acordo com a polícia, foram apreendidos no imóvel materiais como HDs, computadores, celular e outra mídias de armazenamento.

Em alguns deles, o criminoso fez tutoriais ensinando como produzir e divulgar os materiais na rede de internet clandestina, em fóruns voltados para pedófilos. Ele inclusive incentiva o “público” a abusar de crianças da própria família ou de
pessoas próximas. Nos materiais, ao menos nove crianças aparecem em cenas de abuso sexual; quatro delas já foram identificadas e estão recebendo apoio psicológico. A PF esclarece que além de responder por produção e distribuição de material de abuso sexual infantil, dentre outros elencados no Estatuto da Criança e do Adolescente, o acusado também pode responder por estupro de vulnerável.