Amazonas
PF apreende Porsche Boxster S de organização criminosa no Amazonas investigada na Operação Emboabas
Esta é a 12ª apreensão de veículo contra financiadores do garimpo ilegal em terras indígenas.
A Polícia Federal (PF) informou que apreendeu um veículo de luxo de organização criminosa de financiadores do garimpo ilegal em terras indígenas na Amazônia, que estava escondido em uma oficina mecânica em Manaus (AM). Esta é a 12ª apreensão de carro de luxo realizada em decorrência da Operação Emboabas deflagrada em 20/09.
O veículo é um Porsche Boxster S que, mesmo usado, pode custar mais de R$ 500 mil. Os modelos S operam com 2,5 litros de cilindrada. O resultado: 257 kW (350 CV) a 6.500 rpm. O torque máximo é de 420 Nm. Além disso, ele vem com turbina de geometria variável (VTG) – como no 911 Turbo.
A operação já havia apreendido uma BMW X1, três Hillux, uma Mercedes GLC220D, uma Range Hover Evoque, um Creta furtado, duas Trackers, uma S-10, um Porsche Boxer e um Honda City. Todos pertencentes a empresários acusados, entre outras coisas, de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
A PF, em ação conjunta com a Receita Federal, deflagrou no último dia 20/09, a Operação Emboabas, com o objetivo de desarticular esquemas criminosos envolvendo mineração ilegal de ouro.
Foram cumpridos 2 mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca, além de outras medidas cautelares, nas cidades de Manaus/AM, Anápolis/GO, Ilha Solteira/SP, Uberlândia/MG, Areia Branca/RN, Ourilândia do Norte/PA, Tucumã/PA e Santa Maria das Barreiras/PA.
Também foi deferida ordem de sequestro de bens no montante total de mais de R$ 5,7 bilhões.
A Operação Emboabas, realizada no Amazonas, identificou indícios de contrabando de ouro para Europa após a prisão em flagrante de pessoa que transportava 35 kg de ouro, e pretendia entregar a dois norte-americanos, sócios de uma empresa em Nova Iorque.
A investigação revelou que a organização criminosa adquire ouro de terras indígenas e leitos de rios com uso de dragas e, por meio de fraude, declara que o ouro foi extraído em permissões de lavra garimpeira (PLG) regularmente constituídas.
Também foi identificado que o alvo principal realiza o esquentamento do ouro através de um austríaco que se naturalizou brasileiro e afirma ter mais de mais R$ 20 bilhões em barras de ouro em um suposto país independente criado pelo próprio investigado.
Os investigados responderão pelos crimes de usurpação de bens da União, organização criminosa, lavagem de dinheiro, extração ilegal do ouro, contrabando, falsidade ideológica, receptação qualificada e outros tipos penais.
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