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Amazonas

Pesquisa com 202 empresários mostra abrangência do impacto negativo da pandemia no comércio de Manaus

A coleta de dados se deu entre os dias 24 de abril e 2 de maio de 2020, enquanto perduravam as políticas de isolamento e fechamento das atividades comerciais não essenciais.

Pesquisa sobre o impacto da consequências da pandemia de Covid-19 com 202 empresários de Manaus, realizada pelo curso de Ciências Econômicas da Escola Superior de Estudos Sociais da Universidade do Amazonas (ESO-UEA), com o apoio da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL-Manaus), mostrou que praticamente todos registraram impacto negativo ou muito negativo sobre seus negócios (95%); mais da metade (54%) se viu obrigado a demitir funcionários e 81% acreditam que o faturamento de 2020 será pior ou muito pior que 2019.

A coleta de dados se deu entre os dias 24 de abril e 2 de maio de 2020, enquanto perduravam as políticas de isolamento e fechamento das atividades comerciais não essenciais.

Quando indagados sobre o futuro, os empresários tiveram o pessimismo: 59% acreditam que dificilmente retornarão aos níveis normais de vendas ainda em 2020 – somente 9% acreditam fortemente nessa hipótese. Por outro lado, apesar da dificuldade, 82% acham que suas empresas permanecerão ativas após a crise, enquanto 6% acreditam que não e 12% ainda não têm certeza.

Outro efeito perverso da redução das vendas constatados é o desemprego: mais da metade (54%, ou ainda, 109 empresas) das entrevistadas viram-se obrigadas a demitir algum funcionário. Destas, 13% demitiram todo seu quadro de colaboradores, 16% mais da metade, 18% entre 1/3 e metade dos funcionários e 53% demitiram até 1/3 de todos os funcionários. E somente 24% das empresas que demitiram pretendem recontratar a mesma quantidade de empregados dispensados.

Segundo a pesquisa, apesar do evidente impacto negativo, o apoio do empresariado às medidas de isolamento social varia entre o empresariado local: 34% discordam ou discordam totalmente das medidas, 29% estão divididos e 37% concordam ou concordam totalmente. Por outro lado, quase a metade dos empresários (49%) entendem que, apesar da importância das medidas de isolamento, manter a economia funcionando é ainda mais importante, enquanto somente 21% discordam ou discordam totalmente e, novamente, quase 1/3 (30%) está dividido.

A pesquisa buscou ainda entender qual a percepção do empresariado quanto às ações de política econômica do governo federal: somente 16% dos respondentes concordam ou concordam totalmente que essas ações serão suficientes para manter a empresa funcionando durante o período de crise. Quanto às ações do governo estadual, 2/3 acreditam ser insuficientes.

Foram respondidos 202 questionários. A maior parte destes respondentes pertence ao setor de serviços (61%), como barbearias, instituições de
ensino privadas, lavanderias, pet shops, academias, oficinas automotivas, gráficas rápidas, consultorias, estúdios musicais, diversão e recreação, hotéis etc.

 

 

 

 

 

 

 

 


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