Amazonas
Pandemia: cai o índice de isolamento social no Amazonas, mostram dados da In Loco
Recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o isolamento social é apontado como uma das medidas preventivas mais eficazes para evitar a propagação do novo coronavírus.
O índice de isolamento social da população no Amazonas, que já alcançou 60%, chegou a 53,6% no último sábado (18 de abril). Dados de localização mostram que pouco mais da metade dos habitantes do estado está evitando grandes deslocamentos. Recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o isolamento social é apontado como uma das medidas preventivas mais eficazes para evitar a propagação do novo coronavírus. O dados são da empresa de tecnologia In Loco.
O relatório usa informações enviadas por aplicativos parceiros para aferir deslocamentos dos usuários. A In Loco afirma que a coleta de dados só é feita com a permissão dos usuários dos apps. Além disso, a empresa diz não repassar informações como nome, RG ou CPF.
Para verificar o deslocamento, a In Loco utiliza GPS, sinais de wi-fi, Bluetooth e telefonia. A empresa diz possuir informações de localização em tempo real de 60 milhões de smartphones no Brasil.
A In Loco possui uma tecnologia que puxa de forma automatizada (bot) dados públicos das operadoras sobre geolocalização, que normalmente são usados para direcionar publicidade. É o chamado Advertising ID, um número único que constantemente identifica os interesses dos usuários que navegam pelos serviços de plataformas como Google e Facebook. Ele serve para mostrar anúncios segmentados ou personalizados (ou “anúncios com base em interesses”), que geram receita para os apps.
Segundo a startup, esse identificador também serve para detectar se um celular fica por períodos prolongados em determinado local. Ele envia para os servidores da empresa o endereço e o identificador de publicidade do smartphone, com isso dá para estabelecer a razão entre quem está “estacionado” e quem se desloca. Por isso, a empresa conseguiu montar um sistema de monitoramento diário, que foi usado pela prefeitura de Recife. Eles têm acesso ao identificador de 60 milhões de celulares brasileiros —o que corresponde a uma parte da população estimada do Brasil, que hoje é de 211 milhões, segundo o IBGE.
Os celulares têm embutido um GPS (Sistema Global de Posicionamento, da sigla em inglês), que troca constantemente informações com um satélite para determinar a sua geolocalização. Isso, em geral, serve para coisas como: te ajudar a saber onde está num mapa, qual caminho tomar quando está perdido, se deve virar à esquerda ou quanto falta para chegar a um destino, onde está o seu celular perdido/roubado ou qual o nome do estabelecimento onde está para colocar na descrição de uma foto no Instagram.
Empresas como Google, dona de Google Maps, Waze e Google Fotos, e Facebook, dono de WhatsApp e Instagram, e Apple armazenam seus deslocamentos em históricos de trajetos ou locais visitados. Com esse tipo de informação, dá para saber se um celular fica no mesmo local todas as noites (que seria sua casa) e se move todos os dias para um outro (provavelmente seu trabalho).
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