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Amazonas

OAB faz recomendações ao governo do Amazonas para garantir segurança dos trabalhadores da saúde

Grupo de trabalho pediu, entre outras coisas, aquisição e distribuição de EPIs e treinamento para equipes atenderem casos de Covid-19

Um trabalhador de laboratório é visto no Departamento de Diagnóstico Laboratorial, que realiza testes de diagnóstico de coronavírus no Centro Wielkopolska de Pneumologia e Cirurgia Torácica em Poznan, Polônia em 3 de março de 2020. Foto tirada em 3 de março de 2020.

A Ordem dos Advogados do Brasil seccional do Amazonas (OAB-AM) encaminhou ao governador Wilson Lima e ao secretário adjunto de Saúde da Capital, Ítalo Cortez, uma carta de recomendações que visam a garantia da segurança e da saúde dos trabalhadores que estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus.

As sete recomendações foram apresentadas na tarde desta quinta-feira (23) durante conferência online que contou também com a participação do presidente da Ordem, Marco Aurélio de Lima Choy e dos representantes dos Conselhos Regionais de Medicina, Enfermagem, Farmácia, Odontologia, Serviço Social, Biologia e Psicologia.

No documento, o Grupo de Trabalho formado pela OAB-AM e os referidos Conselhos, recomenda a aquisição e distribuição imediata de EPIs, bem como a doação imediata do material enviado pelo Hospital Albert Eistein, a ser feita para os profissionais das unidades de saúde e da segurança pública; a realização imediata de testes rápidos para a Covid-19, principalmente para os profissionais de Saúde, incluída a descentralização de diagnóstico laboratorial, realizado hoje apenas pelo LACEN, para outras unidades como FMT, FAM, HEMOAM, dentre outros; a realização de treinamento adequado para a resposta aos casos confirmados, haja vista a falta de intensivistas nas unidades de saúde; o redimensionamento adequado das equipes multidisciplinares compostos principalmente de médicos, enfermeiros, dentistas, psicólogos e assistentes sociais, atentando para o não remanejamento ou desvio de função; a contratação e remuneração de pessoal não somente para o enfrentamento da doença nas unidades – médicos, enfermeiros, odontólogos – como também profissionais de farmácia, psicologia, fisioterapia, biologia para auxiliar na manipulação, produção, aquisição de medicamentos, atuação nos laboratórios, suporte técnico, operacional como também psicológico aos profissionais que estão na linha de frente; observar as práticas de gestão por resultados com abertura e ampliação de atendimento nas unidades de saúde até aqui subutilizadas, a saber Hospital Delphina Aziz dentre outros.

O Grupo sugeriu ainda a intensificação e a interiorização do tratamento e combate à pandemia, a formação de parcerias com iniciativa privada para a realização de exames e tratamento.

Na carta, os representantes solicitam a realização de reuniões semanais para informação e participação direta, permitindo o acompanhamento das medidas tomadas, registro de óbitos e atividades desenvolvidas.

Ao final da conferência, o presidente da OAB-AM, Marco Choy, declarou que o governador Wilson Lima acatou as recomendações apresentadas pelo Grupo de Trabalho. “Escolhemos a trincheira da vida e da sociedade. Estamos numa união de esforços que é resultante da nossa preocupação com a proteção e o direito à vida. O governador acatou nossas sugestões e agora vamos acompanhar o cumprimento das medidas e confiamos nos órgaos de controle, na questão das estratégias que deverão ser adotadas”, afirmou Choy.


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