Amazonas
No Amazonas, MP combate tráfico de armas de uso restrito; órgão investiga participação de policial
Operação buscou dar cumprimento a um mandado de prisão preventiva de um ex-militar do Exército Brasileiro, além de buscas e apreensões em seis locais diferentes, bem como uma apreensão de veículo

Foto: Divulgação
O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) informou, por meio das 60 e 61ª Promotorias de Justiça Especializadas no Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública (Proceapsp), que deflagrou, nesta sexta-feira (30/05), a operação “Fogo Amigo”, com o objetivo de desarticular um núcleo criminoso voltado à circulação ilícita de armamento de uso restrito no Estado.
As investigações apontam o envolvimento direto de um policial militar da ativa — conforme já amplamente noticiado na imprensa local —, em razão do episódio de transporte clandestino de metralhadoras Browning calibre .30, armamento com alto poder destrutivo.
Com autorização judicial expedida pela Vara de Garantias de Inquéritos da Comarca de Manaus, a operação buscou dar cumprimento a um mandado de prisão preventiva de um ex-militar do Exército Brasileiro, além de buscas e apreensões em seis locais diferentes, bem como uma apreensão de veículo. Os alvos incluem sedes de empresas, residências e um veículo vinculado aos investigados.
O mandado de prisão segue em aberto, isto é, o representado está foragido.
Diligências na unidade prisional
Durante a operação, no exato momento do cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência de pessoa já custodiada no núcleo prisional da PM, foi flagrada a realização de ligação telefônica em vídeo, de dentro da unidade prisional, para pessoa de seu núcleo familiar. O episódio evidenciou a entrada e o uso de telefone celular no ambiente de custódia.
Para o promotor de Justiça Armando Gurgel Maia, titular da 60ª Proceapsp, a observação de pessoa presa mantendo comunicação extramuros por meio de aparelho celular foi determinante para a imediata fiscalização no local pelo Ministério Público. “Isso levou à apreensão de outros materiais, além da detecção da fuga de dois custodiados, sendo tomadas imediatas providências para a apuração dos fatos”, informou.
Ainda segundo o promotor, as investigações seguem sob sigilo para garantir a eficácia dos atos investigatórios. A operação contou com a colaboração das Polícias Civil e Militar e do Exército Brasileiro, além de apoio operacional do Centro de Apoio Operacional de Combate ao Crime Organizado (Caocrimo).
”Fogo Amigo”
O nome “Fogo Amigo” remete ao caráter contraditório da prática criminosa apurada, na qual agentes que deveriam atuar na proteção da sociedade estão, na verdade, transportando, clandestinamente, armamento bélico.
Mais informações serão divulgadas oportunamente, à medida que o avanço das apurações permitir, respeitados os limites legais e os direitos individuais.
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