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Amazonas

No Amazonas, 92,% das mortes decorrentes de intervenção policial são de pessoas negras, aponta Rede de Observatórios da Segurança

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No Amazonas, em 2023, 92,6% das pessoas mortas decorrentes de intervenção policial eram negras, desconsiderando os casos não informados, sendo a juventude a parcela da população mais afetada, com 69,5% das vítimas tendo entre 12 e 29 anos. O Estado registrou 59 mortes em decorrência de ações policiais em 2023. Dessas, 25 (42,40%) eram pessoas negras.

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Os dados são do boletim Pele Alvo: Mortes Que Revelam Um Padrão, divulgado pela Rede de Observatórios da Segurança, que está na quinta edição, foram obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI) em nove estados. Em todos eles, o padrão é de uma proporção muito alta de pessoas negras mortas por intervenção do Estado: Amazonas (92,6%), Bahia (94,6%), Ceará (88,7%), Maranhão (80%), Pará (91,7%), Pernambuco (95,7%), Piauí (74,1%), Rio de Janeiro (86,9%) e São Paulo (66,3%).

Em 2022, Manaus concentrava 61,6% dos casos; no ano seguinte, 54,2% das vítimas estavam nos municípios do interior, com destaque para Rio Preto da Eva, cidade que tem menos de 1% da população amazonense, mas acumula 15,3% dos óbitos.

Alguns estados tiveram redução na letalidade policial. Caso do Amazonas, onde ocorreu queda de 40,4% e mudança na distribuição territorial das vítimas: a maioria das mortes foi no interior do estado. Maranhão, Piauí e Rio de Janeiro também apresentaram diminuição da letalidade em relação a 2022: 32,6%, 30,8% e 34,5%, respectivamente.

O estudo mostra que 4.025 pessoas foram mortas por policiais no Brasil em 2023. Em 3.169 desses casos foram disponibilizados os dados de raça e cor: 2.782 das vítimas eram pessoas negras, o que representa 87,8%.


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