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Amazonas

Nível da água de grandes rios da Amazônia estão voltando à normalidade para a época, aponta Boletim do SGB

A cota do Negro em Manaus alcançou 20,56 metros nesta segunda-feira (13/01), 50 centímetros acima da cota registrada em 13/01 do ano passado.

O nível do rio Negro em Manaus já apresenta níveis no intervalo da normalidade para a época; o do rio Solimões está próximo da faixa da normalidade para o mês de janeiro e o do rio Amazonas apresentam valores um pouco abaixo da normalidade. Foi o que apontou o 1º Boletim de Alerta Hidrológico da Bacia do Amazonas de 2025, divulgado no último dia 07/01 pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB).

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A cota do Negro em Manaus alcançou 20,56 metros nesta segunda-feira (13/01), 50 centímetros acima da cota registrada em 13/01 do ano passado, quando a região registrou a maior vazante desde o início dos registros, há 102 anos.

Conforme o último boletim hidrológico divulgado pelo SGB no dia 7 deste mês, o Rio Negro continua registrando elevações em Tapuruquara e Barcelos, onde os níveis são considerados normais para o período. Em Manaus, o Negro está em processo de enchente, subindo uma média diária de 20 cm e já apresenta níveis no intervalo da normalidade para a época.

O rio Solimões também continua registrando elevações, mas com menor intensidade na região a montante, subindo uma média diária de 7 cm em Tabatinga e 10 cm em Fonte Boa. Já na parte média da bacia, apresenta elevações na ordem de 15 cm em Itapéua e 19 cm em Manacapuru, onde os níveis estão próximos da faixa da normalidade para o mês de janeiro.

O Rio Purus continua subindo em Beruri, onde abrange a região do Amazonas, com uma média diária de 19 cm. Enquanto nos últimos registros, o rio Madeira voltou a descer em Porto Velho e Humaitá, e aponta níveis no intervalo inferior da normalidade para o período de enchente.

Segundo o SGB, os postos de monitoramento do Rio Amazonas também estão em processo de enchente. Conforme a classificação no site, a bacia do Rio Amazonas é classificada como “normal” para o período. No entanto, os níveis apresentam valores um pouco abaixo da normalidade para a época em algumas áreas monitoradas. Na última semana, o Amazonas apontou subidas médias diárias de 17 cm em Itacoatiara, 12 cm em Parintins e Óbidos.

Um dos pontos importantes para a época são as precipitações no início da estação chuvosa, que em grande parte da região amazônica, aumentou seu volume. Com os últimos registros anuais sendo quadro mais críticos, as bacias estão em processo de recuperação.

De acordo com o Boletim, durante o período em análise, 07 de dezembro de 2024 a 05 de janeiro de 2025, início da estação chuvosa em grande parte da região, nota-se aumento dos volumes de precipitação sobre diversas bacias da área de monitoramento, volumes mais elevados nas bacias localizadas na região noroeste da área monitorada. Os volumes mais baixos, com mediana inferior a 200 milímetros (mm), sobre o Branco (66 mm), Marañon (149 mm), Ucayali (175 mm), Japurá (191 mm), Guaporé e Negro (192 mm).

Acumulados de precipitação média variando entre 207 e 244 mm ocorrem sobre as bacias do Napo (207 mm), Mamoré (218 mm), Ji-Paraná (226 mm), Beni (229 mm), Madeira (230 mm), Aripuanã (234 mm), Içá (236 mm) e Juruá (244 mm). Bacias dos rios Coari (252 mm), Purus (253 mm), Tefé (263 mm), curso principal do Solimões (266 mm), Javari (267 mm) e Jutaí (295 mm) representam os maiores valores acumulados de precipitação em 30 dias, de acordo com a climatologia do período entre os ano de 2000 e 2023.


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